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GE investe em pesquisa de locomotiva bicombustível

Quinze dias depois de anunciar um investimento de US$ 100 milhões para a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Rio de Janeiro (RJ), frustrando as expectativas dos governos de Minas Gerais e São Paulo, que disputavam a obra, a direção da General Electric assinou ontem protocolo de R$ 25 milhões para montar um centro de competência em combustíveis alternativos para motores de locomotivas em sua fábrica em Contagem (MG). Cerca de 40% do investimento, ou R$ 10 milhões, virá do governo estadual, por meio da secretaria estadual de Ciência e Tecnologia.

O centro vai desenvolver motores bicombustíveis, usando, além do diesel, o biodiesel e o gás natural. De acordo com o presidente da GE Transportation, Guilherme Segalla, a pesquisa estará orientada para o mercado externo. ” Em breve poderemos estar falando em exportações deste centro”, disse o executivo. Os novos produtos terão como alvo o mercado da África e da América Latina, regiões atendidas pela subsidiária brasileira.

Segundo Segalla, o novo centro não surgiu de um longo processo de maturação. ” A discussão foi iniciada há menos de um ano. O centro podia ter ido para a Índia ou Estados Unidos, mas conseguimos comprovar que aqui teríamos um apoio estrutural e financeiro maior”, afirmou. O executivo prevê que o centro entre em funcionamento até 2013. A estrutura física ocupará 400 metros quadrados dentro da própria instalação da GE em Contagem e a unidade estará ligada virtualmente às universidades federais de Itajubá, de Minas Gerais e à PUC de Minas.

De acordo com o executivo, já existem motores desenvolvidos pela GE que aceitam uma mistura de 5% de biodiesel em sua composição e em um primeiro momento irá se tentar atingir 20%. O desenvolvimento do motor a gás natural, elemento que começa a ser explorado em Minas Gerais na região do São Francisco, ainda está incipiente. A GE como um todo deve faturar US$ 600 milhões na América Latina este ano e deve dobrar a sua capacidade de produção de locomotivas com a ampliação da unidade atual e a construção de duas novas linhas de montagem até 2012, em um investimento programado de US$ 50 milhões.

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