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Forte concorrência pelos ativos da Equipav

Os ativos do grupo Equipav, com sede em São Paulo, estão sendo disputados por tradicionais companhias do setor sucroalcooleiro e também por novos “players” que buscam fazer suas apostas nesse segmento. O Valor apurou que além da Bunge, Cosan, São Martinho em parceria com a GP Investments, Noble e a indiana Shree Renuka, a multinacional Rhodia e a VREC (Vital Renewable Energy Company) estão no páreo para levar as duas usinas da companhia.

Assessorados pelo banco Santander, os acionistas da empresa estão em busca de parceiros estratégicos para dar prosseguimento aos projetos de expansão no setor. A companhia avalia hoje as propostas que foram apresentadas oficialmente até sexta-feira.

Fontes familiarizadas com a negociação afirmaram que as multinacionais interessadas nos ativos do grupo não querem obter uma participação de apenas 50%, como os acionistas das usinas propuseram inicialmente. “Parte das multinacionais envolvidas nesta operação quer comprar a totalidade, ou seja, 100%”, disse uma fonte.

Recentemente, o grupo demitiu parte de seus executivos e contratou a consultoria da Galeazzi e Associados para prestar assessoria de gestão à companhia. No entanto, há três semanas a consultoria também não presta mais serviço para os acionistas do grupo.

Alavancada, com uma dívida de cerca de R$ 1,6 bilhão (posição em 31 de março), a companhia também registrou perdas de cerca de R$ 300 milhões com derivativos, segundo a mesma fonte.

“A empresa se endividou muito para construir sua segunda unidade, a Biopav, considerada uma usina “estado da arte”. A planta já foi projetada para moer 4 milhões de toneladas e recebeu aportes para atingir 6 milhões de toneladas”, afirmou outra fonte. “Hoje os ativos da Equipav são disputados porque são um dos melhores que estão no mercado”, disse.

Controlada pelas famílias Toledo, Vetorazzo e Tarallo, a Equipav também fez pesados aportes em outros segmentos por meio do Cibe (Consórcio de Infraestrutura Bertin-Equipav), o que ajudou a alavancar a companhia. “Os bancos olham o grupo Equipav como um bloco só. Não separam os ativos”, afirmou outra fonte.

O Valor apurou que a multinacional Rhodia quer investir no setor e já estaria analisando vários ativos, entre os quais as usinas da Equipav. Procurada, a empresa não se pronunciou sobre o assunto. Outra companhia, a VREC, formada por fundos estrangeiros para investir em ativos no país, também estaria no páreo. Além desses “players”, tradicionais grupos, como Cosan e Bunge, estudam os ativos. A São Martinho, em parceria com a GP, também está de olho, mas pode desistir do processo. Já os grupos Noble e a india! na Shree Renuka podem apresentar uma proposta firme.

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