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FMC planeja expansão de US$ 10 milhões e estuda parceria em SP

A americana FMC prepara-se para iniciar uma rodada de investimentos para expandir sua capacidade de produção de defensivos em Uberaba, Minas Gerais. Nos próximos 18 meses, o grupo deverá fazer um aporte de cerca de US$ 10 milhões em sua unidade no município, onde são formulados todos os produtos comercializados pela companhia.

Atualmente com capacidade para produzir 35 milhões de litros de produtos por ano, a meta é elevar em 85% o potencial produtivo até 2015, para alcançar 65 milhões de litros. Dessa expansão, pelo menos 10 milhões de litros já serão adicionados à capacidade atual dentro de 18 meses.

Aliado aos investimentos para incrementar a produção em Minas Gerais, a FMC também avalia levar parte de sua produção para o Estado de São Paulo. O objetivo é passar a produzir em território paulista os defensivos utilizados na produção de cana-de-açúc ar, reduzindo dessa forma custos logísticos e também com o ICMS.

“Podemos terceirizar parte de nossa produção em São Paulo, mas existe a possibilidade de fazermos uma parceria com algum grupo. Essa segunda opção, no entanto, exigiria um investimento conjunto das duas partes”, afirmou ao Valor Antonio Carlos Zem, diretor superintendente da FMC para América Latina.

O executivo diz que mantém conversas com três empresas que possuem unidades de produção em São Paulo, mas não revela o nome das companhias. Independentemente da aliança que seja desenhada, Zem não descarta a possibilidade de a FMC ter uma unidade própria para produzir defensivos dentro das fronteiras paulistas.

O aumento da produção tem como objetivo sustentar a estratégia da FMC de alcançar US$ 1 bilhão em faturamento no país em 2015. Em 2010, a empresa registrou seu oitavo recorde consecutivo de receita ao atingir US$ 500 milhões. Os segmentos de cana-de-açúcar, algodão e soja foram responsáveis po r um terço do total apurado. O resultado do ano passado supera em 21,6% as vendas registradas em 2009, de US$ 411 milhões.

“Temos como meta superar o desempenho do mercado e conseguimos isso novamente. Ainda estamos adequando nosso portfólio para o segmento de grãos, mas as vendas para os mercados de cana e de algodão foram muito bem. A área plantada com algodão para esta safra deve ficar próxima do recorde”, diz Zem.

O otimismo que o agronegócio como um todo viveu em 2010 – especialmente a partir da segunda metade do ano – e que ainda se mantém é algo que começa a chamar a atenção de Zem. Para ele, haverá uma correção de preços no mercado e 2011 é o ano para criação de reservas e atenção ao fornecimento de crédito aos produtores. Os cuidados em relação ao excesso de otimismo serão acompanhados por repasses de custos aos produtos colocados no mercado já neste ano.

Sobre o mercado em geral, Zem estima que as vendas de 2010 tenham ficado entre US$ 7,2 bilhões e US$ 7,3 bilhões, o que representaria um crescimento ao redor de 9% sobre os US$ 6,6 bilhões do ano anterior. “Para 2011 nossa estimativa é que o mercado no Brasil cresça cerca de 5% no total. Nossa previsão para a FMC é crescer em um ritmo um pouco menos intenso do que tivemos em 2010, entre 12% e 13%”.

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