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Exportadores são chamados à opinar sobre transgênicos

Empresários paranaenses do ramo exportador foram convocados pela primeira vez para dar a sua opinião acerca de um dos assuntos mais polêmicos do momento: a questão dos alimentos transgênicos, especialmente a soja, uma das commodities mais importantes para a agricultura do Estado. Proibida de ser produzida no país, mesmo assim a soja transgênica circula foi plantada ilegalmente no Rio Grande do Sul. Sem saber o que fazer com essa produção, o governo acabou liberando, sob controle, a safra transgênica, suscitando novos debates.

Até agora, segundo o governo estadual, os exportadores não tinham sido chamados a opinar. Ontem, o vice-governador e secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, o secretário dos Transportes, Waldir Pugliesi, em conjunto com Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), mantiveram um encontro com os empresários do setor.

O governo está interessado em promover uma análise do potencial da comercialização dos produtos geneticamente modificados no mercado externo. Vários especialistas consideram que a soja comum apresenta vantagem competitiva em mercados como o europeu e o japonês, onde os transgênicos sofrem o expurgo de governos e consumidores.

Essa corrente de analistas acredita que a pressão para introduzir a soja geneticamente modificada no Brasil é uma estratégia dos Estados Unidos (apoiados pela Argentina, de onde aliás a semente transgênica é contrabandeada para a região Sul) para solapar essa vantagem brasileira no mercado internacional. A produção brasileira ameaça seriamente a supremacia americana na produção de soja.

De acordo com a secretaria, ao dar voz ao exportador, “o objetivo é verificar a questão sob o ponto de vista de quem está em contato direto com o mercado comprador”. A reunião aconteceu na Emater do Paraná.

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