ERRAMOS: Ex-dona de usinas não lucra com venda de cana
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Ao contrário do divulgado, a Antonio Ruette Agroindustrial Ltda. não pertence à família do empresário Antonio Ruette, símbolo do setor sucroenergético do interior paulista.
A Antonio Ruette Agroindustrial Ltda. pertence à controladora das duas usinas de cana-de-açúcar adquiridas em 2016 pela gestora americana Black River.
O então controlador da duas usinas e familiares ficaram com as terras canavieiras das unidades processadoras de cana, segundo um dos familiares.
Durante décadas, o grupo liderado pelo empresário Antonio Ruette foi símbolo do setor sucroenergético no interior paulista. Controladora de duas usinas, localizadas nos município de Paraíso e de Ubarama, a companhia, assim como outras do setor, entrou em crise financeira em 2000.
A situação foi seriamente afetada com ações do governo federal que prejudicaram o setor a partir de 2008, quando houve o congelamento do preço da gasolina, que penalizou o etanol.
Em 2015, a Ruette negociou a venda das duas unidades para a gestora americana Black River. O negócio foi concretizado em 2016, quando a gestão passou a ser feita pela Proterra Investments Partners, cujo um dos acionistas é a gigante americana Cargill.
O negócio que, conforme fontes de mercado, girou em torno de R$ 830 milhões, destinou R$ 530 milhões para quitar dívidas e os R$ 300 milhões restantes foram em aportes na operação.
Hoje denominada Tietê Agroindustrial, e controlada pela Cargill, a empresa sucroenergética das duas usinas opera moagem entre 3,6 milhões e 3,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
Positivo
Em 2016, a Antonio Ruette Agroindustrial Ltda. ntabilizou lucro líquido de R$ 45,685 milhões. Em 2015, foi registrado prejuízo líquido de R$ 112,778 milhões.
As receitas financeiras da empresa foram menores em 2016 (R$ 104,7 milhões) em relação ao ano anterior (R$ 296,7 milhões). Mas as despesas financeiras também recuaram (R$ 79 milhões em 2016 contra R$ 312,5 milhões em 2015).
