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Ex-CEO da Bunge é cotado para assumir a Petrobras

peO engenheiro Pedro Parente é o nome mais cotado para suceder Aldemir Bendine na presidência da Petrobras. O nome de Parente ganhou o noticiário na segunda-feira (17/05) e deverá ser oficializado nesta terça (18/05) pelo presidente da República em exercício, Michel Temer.

Politicamente, Parente integra a ‘cota’ do PSDB no governo Temer. Foi três vezes ministro no governo Fernando Henrique Cardoso, ocupando as pastas de Planejamento, Minas e Energia e da Casa Civil.

Ele também teve papel incisivo após o blecaute de 2001, que exigiu medidas urgentes após o apagão, e coordenou o comitê responsável por administrar a crise de energia elétrica. Entre os trabalhos desse comitê esteve a organização das regras de racionamento de 2001.

Para a Petrobras, o nome do ex-ministro de FHC tende a gerar conforto porque embora ele não seja um técnico, como a ex-presidente da estatal Maria das Graças Foster, e nem experiente em gestão financeira como o atual presidente Aldemir Bendine, ele resvala confiança no mercado. E é justamente isso que pode faltar para o restabelecimento da maior empresa brasileira, que, em sérias dificuldades, deflagou, em 2015, um plano de desinvestimento de US$ 15,1 bilhões entre 2015/16.

Para o setor sucroenergético, o nome de Parente pode ser uma voz a mais em favor do etanol, justamente em um período no qual há necessidade de vozes em favor do biocombustível, que acaba de enfrentar um revez ao ser excluído da oferta apresentada pela União Europeia (UE) para conter o avanço das emissões de CO2.

A posição da UE é inicial e pode ser revertida, daí a necessidade de posicionamentos em favor do etanol. E Pedro Parente pode fazer coro a essas vozes, juntamente com lideranças do setor sucroenergético como representantes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Fora o aspecto político, Parente possui experiência com o setor sucroenergético. Ele comandou a reestruturação da gigante do agronegócio Bunge no Brasil. Foi CEO da companhia entre 2010 e início de 2014, quando anunciou sua aposentadoria e foi substituído pelo argentino Raul Padilla.

Atuante em vários setores do agronegócio, a Bunge também controla 8 usinas de cana-de-açúcar no País.

Se for empossado na presidência da Petrobras, Parente poderá exercer sua experiência sucroenergética na Bunge na própria estatal, que controla a Petrobras Biocombustíveis (PBio).

A PBio é sócia da Guarani, da francesa Tereos International, uma das maiores companhias de açúcar e de etanol, com moagem acima de 20 milhões de toneladas na safra 2015/16. A PBio também é sócia da São Martinho na joint venture Nova Fronteira, que controla a usina Boa Vista, no estado de Goiás.

A PBio também controla usina de cana em Bambuí (MG), em parceria com a Total.

 

 

 

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