Mercado

Sindaçúcar-PE acredita que Alca beneficiará setor açucareiro do Nordeste

A aprovação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) é vista como extremamente benéfica para o setor açucareiro nordestino. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, a oferta inicial do governo dos Estados Unidos para a implantação da Alca pode ser interessante para os produtores da região Nordeste.

A oferta inicial norte-americana prevê que cerca de 65% das importações dos EUA deixem de ser tarifadas a partir de 2005. O outros 35% teriam suas tarifas zeradas até 2015. No setor agrícola, 56% das importações já estariam isentas de impostos a partir de 2005. O benefício para o setor açucareiro poderia chegar a ser superior a 1 milhão de toneladas. “Hoje a cota americana é de apenas 150 mil toneladas. Com o mercado livre das taxas e impostos este volume pode chegar a 2 ou 3 milhões de toneladas”, diz Cunha.

Cunha, que viajou aos Estados Unidos na semana passada para acompanhar de perto as discussões da Alca, diz que a melhor estratégia para os produtores nordestinos é não entrar em rota de colisão com as refinarias norte-americanas. “É preciso aproveitar os nichos de mercado”, explica. Entre estes nichos está o promissor retail market (mercado varejista) onde se localizam os fabricantes de refrigerante e doces. Sobre o posicionamento do governo brasileiro para evitar condições que prejudiquem a economia nacional, Cunha diz que “compete ao Brasil fazer valer sua posição e presença”.

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