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Etanol: segurança energética dos eua depende de preço competitivo – unica

O preço do etanol tem sido o principal desafio da política de segurança energética dos Estados Unidos (EUA), segundo análise do representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Joel Velasco. De acordo com ele, para o mercado americano reduzir a dependência do petróleo e criar um mercado maduro de etanol é necessário investir em três pilares: combustível, infra-estrutura (distribuição de etanol e fabricação de carros adequados ao uso do produto puro ou em mistura com gasolina, como nos flex) e preço.

“Nem sempre o etanol consegue ter preço competitivo com a gasolina no mercado americano, porque o país impõe uma tarifa de 54 centavos de dólar por galão (um galão equivale a 3,78 litros) sobre o etanol brasileiro importado, afirmou Velasco, nesta terça-feira (21/10/2008), durante o painel Challenges to Opening Global Markets for Ethanol”, em evento anual promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Texas, em Houston.

De acordo com o executivo da UNICA, os Estados Unidos estão ampliando sua produção de etanol ano a ano e devem ultrapassar os 9 bilhões de galões até o final de 2008. “Além disso, o país conta com uma frota de carros adequada, que ainda não atingiu o limite do uso do E10 (gasolina com 10% de etanol) e nem do E85 (85% de etanol), que pode ser consumido pelos mais de 7 milhões de veículos flex que rodam nos EUA”, completou.

“A tarifa de importação distorce o preço do etanol produzido nos EUA, porque infla o preço do biocombustível brasileiro em 30%. Ou seja, os EUA precisam diversificar para derrubar a dependência do petróleo”, alertou Velasco, defendendo a abertura do mercado americano ao etanol de cana-de-açúcar.

O executivo da UNICA participou do painel “Challenges to Opening Global Markets for Ethanol”, sob a moderação de Peter Hakim, presidente da Inter-American Dialogue, e com a participação de Paulo Pinho, diretor de novos negócios da BP, e de Coleman Jones, gestor de implementação de biocombustíveis da General Motors.

Velasco participou do evento dentro do escopo do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro deste ano, parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O objetivo do projeto Apex-Brasil/UNICA é promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.

As informações partem da Unica.

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