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Etanol pode chegar aos EUA via Colômbia

O governo brasileiro e o setor privado vêem chances de o Brasil começar a fornecer para a Colômbia equipamentos para a produção de etanol. E, a exemplo do que já acontece com outros países, como a Jamaica, o governo brasileiro quer que o país colombiano se torne uma base exportadora para o etanol brasileiro chegar aos Estados Unidos sem a tarifa de importação.

A Colômbia tem tratado de livre comércio (TLC) com os americanos. É de olho nisso que a Apex Brasil busca fechar acordos com o governo colombiano e com a embaixada dos Estados Unidos para facilitar o trabalho das empresas brasileiras e aumentar a participação das exportações de produtos com maior valor agregado na balança comercial brasileira, principalmente de médias e pequenas empresas.

Na Jamaica estão sendo montadas unidades industriais para desidratar o álcool hidratado adquirido do Brasil e depois exportado para os Estados Unidos. A Colômbia quer se tornar uma fonte de exportação para os Estados Unidos, mas através de produção própria, segundo revelou o presidente da Petrobrás na Colômbia, Abílio Paulo Pinheiro Ramos.

Empresas brasileiras do ramo estão interessadas em fazer negócios na Colômbia. Um deles é a venda de destilarias para produção de etanol. Outra possibilidade é a exportação do combustível já fabricado.

Paralelamente as empresas colombianas demonstram interesse de fechar negócios com as empresas brasileiras, conforme observou o gerente de Projeto do Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool da Região de Piracicaba), Flávio Castelar, durante o evento “Brasil Tecnológico”, promovido pela Apex Brasil na semana passada, na capital colombiana. Porém, empresários locais revelaram que os colombianos têm interesse de exportar álcool hidratado do Brasil para desidratar na Colômbia, o que não é permitido pela legislação local.

Castelar vê chances de as brasileiras venderem apenas destilarias para os colombianos. No país existem 14 engenhos para a produção de açúcar, enquanto que para a produção de álcool existem apenas cinco destilarias. O gerente avalia que o parque industrial colombiano é insuficiente para atender a demanda por álcool no país que há pouco tempo adotou o programa de adicionar 10% de álcool desidratado na gasolina para incentivar a produção de etanol local, percentual que deve ser elevado para 20% em 2012.

Conforme dados do setor colombiano, a produção atual de etanol no país é de 290 milhões de litros por ano. E o governo colombiano prevê aumentar essa produção para algo entre 11 bilhões e 15 bilhões de litros nos próximos anos, sendo que boa parte do volume será para exportação.

Apesar de o setor ter potencial de crescer na Colômbia, o presidente da Petrobras da Colômbia, Abílio Ramos, admite a possibilidade de as empresas brasileiras venderem apenas equipamentos para as empresas locais produzirem o combustível, pois a “Colômbia tem planos de se tornar uma exportadora de etanol, através de produção própria”.

“Nesse caso poderia haver um intercâmbio de empresas brasileiras que detêm a tecnologia de produção de etanol com as empresas colombianas”, disse Ramos. “Vejo potencial para as empresas brasileiras realizarem negócios aqui (Colômbia), porque as empresas colombianas necessitam de capital e de equipamentos”, acrescentou o presidente da Petrobras em solo colombiano.

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