Mercado

DF: para especialistas, crise financeira não afetará diretamente o setor

Especialistas ouvidos hoje (14) pela Agência Brasil, durante o 9º Encontro de Negócios de Energia em São Paulo, afirmaram que a crise financeira global não afetará diretamente o setor de biocombustíveis.

Para o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, os últimos dias são de notícias boas para a economia mundial. “Os governos estão envolvidos em controlar a crise. Esperamos que tudo se resolva rapidamente”, disse. Sobel acredita que os efeitos serão mínimos no setor: “Com a economia crescendo menos, obviamente que o setor cresce menos. Mas não haverá nenhuma crise especifíca dos biocombustíveis”, analisou.

Marcos Jank, presidente da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), também compartilha da mesma opinião do americano. “Não vejo problemas na venda de etanol, açúcar e todos os outros biocombustíveis”, afirmou. Segundo Jank, o processo da desaceleração do setor é “inevitável a todos os setores da economia”.

“Não sei ainda como a crise nos afetará, tudo dependerá do que acontecer nas próximas semanas. Mas, o máximo que pode acontecer é a falta de crédito e de financiamento”, completou Jank. O presidente da Unica classificou como acertadas as últimas medidas do Banco Central. “Agora percebe-se que as ações recentes foram importantes para a economia do país. Nós, brasileiros, tendemos a sofrer menos com esta nova situação porque estamos bem preparados, com reservas”, disse.

Segundo Manoel Vicente Fernandes Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a crise ajuda o setor a se renovar. “De certa forma, estamos tendo que pensar em novas posturas e alternativas, mas não há nenhum impacto imediato”, completou. Para Bertone, o etanol brasileiro continua apresentando competividade no mercado interno. “O preço está bom, comparado com a gasolina”, disse.

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