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Desembolsos ao campo sobem 16% na atual safra

As taxas de juros mais atrativas e as perspectivas de cotações elevadas para as commodities agrícolas ampliaram o interesse do produtor pelo crédito rural. Os desembolsos para produtores da agricultura empresarial e familiar alcançaram R$ 69,6 bilhões de julho a dezembro do ano passado, 16,6% acima do realizado no mesmo período do ciclo anterior. O montante corresponde a 52,3% de todo o crédito disponível para a safra 2012/13, R$ 133 bilhões.

O total de recursos para custeio e comercialização alcançou R$ 46,2 bilhões nesta temporada, contra R$ 40 bilhões no mesmo período do ciclo passado. Os recursos para investimento atingiram o patamar de R$ 13,6 bilhões nos seis primeiros meses desta safra. No mesmo período do ciclo passado, esses empréstimos foram de R$ 11,5 bilhões.

Dentre as linhas de crédito que se destacaram, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) desembolsou R$ 4,59 bilhões para custeio. No mesmo período da safra 2011/12, foram R$ 3,2 bilhões. Já nas aplicações para investimento, os seis primeiros meses do ciclo atual acumularam empréstimos de R$ 1,46 bilhão, montante que no mesmo intervalo da safra passada foi de R$ 1 bilhão.

O Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) foi um dos destaques, somando de julho a dezembro de 2012 o montante de R$ 4,7 bilhões para a aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem. Na safra passada foram desembolsados R$ 3,3 bilhões.

A agricultura empresarial tomou emprestado R$ 59,8 bilhões entre julho e dezembro do ano passado. O resultado representa um crescimento de 14,5% em relação à igual período de 2011, quando foram aplicados R$ 52,3 bilhões. Os empréstimos correspondem a 52% dos R$ 115,25 bilhões previstos pelo Plano Agrícola e Pecuário 2012/13.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do ministério, Neri Geller, o resultado é fruto das medidas para facilitar os empréstimos junto aos bancos. “Além de condições melhores para adquirir financiamentos, como aumento do teto da renda bruta para enquadramento em programas de governo, houve redução da taxa de juros”, afirmou.

A linha de financiamento que mais se destacou foi a do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que alcançou R$ 1,7 bilhão, metade dos R$ 3,4 bilhões previstos para a safra toda. No mesmo período da safra passada, somente R$ 274 milhões haviam sido emprestados.

Os empréstimos para a agricultura familiar alcançaram R$ 9,7 bilhões de julho a dezembro de 2012, alta de 31% sobre o mesmo período do ano passado. O desembolso representa 54,2% do total disponível para o ciclo 2012/13.

A linha de crédito BB Agroindustrial, do Banco do Brasil, destinada à comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos agropecuários adquiridos diretamente de produtores rurais, somou R$ 4,2 bilhões em desembolsos de julho a dezembro de 2012. O valor significa uma alta de 45% frente aos R$ 2,9 bilhões registrados no mesmo período de 2011.

Tarso Veloso

Fonte: Valor Econômico

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