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“Demanda por etanol continuará aquecida”

Em entrevista exclusiva ao JornalCana, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senador Kátia Abreu, falou sobre a dinâmica do comércio externo de cana-de-açúcar e do fortalecimento do mercado de etanol. Contudo, fez uma ressalva: “A consolidação do etanol como principal matriz energética do País depende de incentivos governamentais para o setor”

JornalCana – Qual cenário a senhora vislumbra para a produção de bioenergia no País, com ênfase na cana-de-açúcar e seus derivados?

Kátia Abreu – A biomassa representa, hoje, 31% da matriz energética brasileira e a cana é responsável por 19% desse total. Estas participações tendem a crescer devido às vantagens ambientais e econômicas dos biocombustíveis. Nos últimos anos, novas pesquisas garantiram a produção de biomassa a partir de fontes alternativas, como é o caso do bagaço da cana, subproduto do processo de esmagamento da matéria-prima. Até pouco tempo atrás, o bagaço era descartado. Hoje, o produto é vendido por preços atrativos. A partir da cogeração e considerando a tecnologia disponível atualmente, o setor tem potencial para gerar três vezes mais energia do que a usina hidroelétrica de Belo Monte.

JornalCana – O governo acredita que a demanda externa por etanol e açúcar do Brasil continuará crescente nos próximos anos. Essa projeção corresponde à realidade do mercado?

Kátia Abreu – Os derivados da cana seguem dinâmicas próprias no comércio internacional. Em relação ao açúcar, a demanda por parte da Índia, país exportador que passou a importar grandes quantidades do produto depois da quebra da safra local, é fundamental para determinar o ritmo de embarques do Brasil. As avaliações são que os estoques de açúcar da Índia não são suficientes para suprir o consumo local de 23 milhões de toneladas e que os indianos precisarão importar 2 milhões de toneladas do produto para garantir o abastecimento no mercado interno. A crescente demanda por parte da China também vai influenciar os preços desta commodity.

Leia a entrevista completa, na edição 206 do JornalCana

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