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Custo de produção cresce, mas margem deve ser positiva para usinas

Levantamento anual do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Pecege/Esalq) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que o custo total de produção de cana-de-açúcar, etanóis anidro e hidratado e ainda os açúcares demerara (VHP) e branco aumentará de 3,84% a 21,56% na safra 2016/2017 no Centro-Sul do Brasil, em relação às três safras anteriores.

No entanto, com o atual cenário de preços para os produtos, as usinas deverão ter margens positivas na atual safra, de acordo com a projeção das instituições.

Segundo as estimativas do Pecege/Esalq e da CNA a partir de informações levantadas junto a usinas, sindicatos, associações em abril deste ano, o custo total de produção da cana será de R$ 109,20 por tonelada, alta de 20,84% sobre o custo médio das últimas três safras.

O custo total do açúcar branco ficará em R$ 1.188,80 a tonelada, alta de 12,13% se comparados os mesmos períodos, e do demerara de R$ 1.138,97, alta de 21,56%.

O metro cúbico (mil litros) do etanol anidro tem custo total estimado de R$ 1.867,15, aumento de 18,3%, e o do hidratado, de 1.789,04, alta de 3,84% em 2016/2017 sobre a média das safras passadas.

A estimativa aponta que apenas áreas com produtividade acima de 98,5 toneladas por hectare de cana possibilitarão margens positivas para cultivo da cultura.

No entanto, essa margem negativa pode ser recuperada ao longo da cadeia, na fabricação e comercialização de açúcar e etanol.

Em um cenário base proposto pelo Pecege/Esalq e pela CNA, o preço do etanol anidro teria uma média de preço comercializado de R$ 1.850,00, margem negativa de 0,92% sobre o custo total, a única entre os produtos da cana.

O etanol hidratado teria uma margem positiva de 2,29% sobre o custo total, com preço do metro cúbico estimado em R$ 1.830.

Já a margem do açúcar, com os mercados internacional e local aquecidos, será ainda mais positiva. O açúcar branco, com preço estimado de R$ 1.350,00 por tonelada, teria margem de 13,56%, enquanto a do demerara ficaria em 7,55% para um preço de R$ 1.225,00 a tonelada.

Fonte: (Estadão Conteúdo)

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