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Cosan muda foco para reduzir volatilidade

Para reduzir a volatilidade do segmento de açúcar e etanol em seus resultados, a Cosan, maior grupo brasileiro do setor, pretende aumentar a participação de áreas mais estáveis em sua geração de caixa. De acordo com o presidente da empresa, Marcos Lutz, a ideia é elevar a importância de operações como cogeração de energia, logística e distribuição de combustíveis, de 45% para 60%. A medida deve tornar o fluxo de caixa da companhia menos exposto ao risco apresentado pelas commodities, o que vai melhorar o planejamento da empresa, entende o executivo. A mudança de fatia deverá ocorrer depois que a joint venture com a Shell for finalizada. “Apesar de ser sucroalcooleira, a empresa pretende ser um player diversificado”, justificou Lutz. No terceiro trimestre fiscal, que corresponde aos meses de outubro, novembro e dezembro, o lucro líquido da Cosan caiu 83,3% em relação a igual período anterior, de R$ 167,1 milhões para R$ 27,9 milhões.

O resultado financeiro da Cosan no terceiro trimestre da safra 2010/2011, apresentado na quinta-feira em teleconferência com jornalistas, exemplifica como o desempenho da empresa é afetado pelas operações de açúcar e etanol. No período em questão, a receita da companhia diminuiu devido à seca que atingiu regiões produtivas de cana-de-açúcar no Brasil, o que acabou afetando o lucro líquido da sucroalcooleira.

Segundo Lutz, neste trimestre os negócios externos às commodities tiveram participação de 45% da receita total, por conta da quebra da cana.

RESULTADO. A companhia atribuiu o resultado no terceiro trimestre fiscal ao aumento dos custos, gerados principalmente devido à quebra na safra da cana-de-açúcar. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) também foi menor. No período analisado, a queda f oi de 16,3%, e fechou em R$ 410,5 milhões em comparação aos R$ 490,4 milhões do terceiro trimestre fiscal de 2010.

Para o analista da SLW, Erik Scott, além da quebra na moagem da cana-de-açúcar, o aumento nas vendas no trimestre também afetou o desempenho da Cosan. De fato, os Custos dos Produtos Vendidos (CPV) da empresa cresceram , totalizando R$ 4,160 bilhões no trimestre fiscal, em comparação a R$ 3,340 bilhões em igual intervalo do ano anterior. As despesas com vendas registradas também foram maiores, e subiram para R$ 271 milhões, aumento de 24,1%. Já as despesas gerais e administrativas tiveram alta de 12%, para R$ 132 milhões.

No terceiro trimestre fiscal de 2011, a receita operacional líquida da Cosan somou R$ 4,738 bilhões, superior aos R$ 3,8 bilhões acumulados em igual período do ano anterior.

“Este aumento de 24,7% reflete o crescimento em todas as unidades de negócio, por meio do aumento de capacidade de produção, do volume vendido e serviços pres tados”, explicou a empresa.

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