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Consumo de etanol recua 11% no Brasil em outubro

O consumo de etanol no mês de outubro seguiu a tendência apresentada nos meses anteriores e voltou a cair nos postos de combustíveis do Brasil. De acordo com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes), cujas associadas representam 60% do mercado de etanol do país, foram comercializados 799 milhões de litros do combustível “verde” neste ano, 11% menos do que no mesmo mês de 2009, quando o consumo de álcool hidratado foi recorde.

No acumulado do ano, a queda é mais acentuada e atinge 13%, com o consumo de 7,1 bilhões de litros, ante os 8,2 bilhões de litros de igual intervalo de 2009, de acordo com dados do Sindicom.

A demanda menor reflete os preços mais elevados do etanol, que acabou perdendo competitividade para a gasolina – para ser viável ao consumidor final nos postos, o etanol tem que custar até 70% do preço da gasolina.

Mas não houve apenas transferência dos “clientes” do etanol para os do combustível fóssil. Com seus preços mais elevados, o etanol também perdeu fatia do crescimento do mercado de combustíveis. Isso porque, segundo dados do Sindicom, entre janeiro e outubro, o etanol “perdeu” consumo de 1,1 bilhão de litros, enquanto a gasolina “ganhou” 2,6 bilhões, elevando suas vendas de 15,5 bilhões de litros nos primeiros dez meses de 2009 para 18,1 bilhoes de litros no mesmo período deste ano.

O consumo de combustível cresceu, diz Alísio Mendes Vaz, vice-presidente do Sindicom, mas não dá para saber se o patamar de consumo para ser usado como referência para o etanol é o realizado no ano passado. “Em 2009, os preços nas usinas sucroalcooleiras estavam muito baixos, aquém do custo de produção”, diz Vaz.

No início desta safra, em maio, as usinas já estavam recebendo 28% mais pelo etanol hidratado do que um ano antes, ou seja, em maio de 2009. Ainda, ao longo da temporada, ou seja, de maio deste ano até agora, os preços do biocombustível já se valorizaram 34% na usina, fechando a R$ 0,98 o litro, segundo o indicador Cepea/Esalq do hidratado na última semana.

“Nos postos de combustíveis os últimos reajustes foram feitos há um mês, segundo Vaz. No entanto, a viabilidade para o consumidor está, na média, existindo em apenas quatro Estados”, diz Mendes. São eles, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Goiás.

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