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Confira críticas ao Plano Safra 18/19

Consultorias, analistas e especialistas em agronegócio criticam o Plano Safra 2018/19 anunciado na quarta-feira (06/06) pelo governo federal.

Confira as avaliações de Carlos Cogo, da Cogo Inteligência no Agronegócio (www.carloscogo.com.br).

“A necessidade total estimada de financiamento do setor agropecuário é de R$ 390 bilhões, 198,9 bilhões (104%) acima do total de R$ 191,1 bilhões ofertados no Plano – que são oriundos de fontes oficiais e destinados aos custeios e investimentos –, sem contabilizar os R$ 3,2 bilhões destinados ao apoio à comercialização e seguro rural. Atualmente, 51% da produção não depende ou não acessa mais crédito oficial do Plano e outros agentes estão elevando a participação nos financiamentos. Nesta safra 2018/2019, portanto, o governo federal atenderá o equivalente a 49% da demanda de crédito rural do setor agropecuário brasileiro.
A queda de 1,5 ponto porcentual nas taxas de juros fica aquém da redução de até 3,5 pontos porcentuais pedida pelos produtores, encaminhada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao governo. A queda de 1,5 ponto porcentual na taxa de juros do Plano foi a possível, diante das restrições orçamentárias do governo. Uma redução maior nas taxas seria acompanhada de um volume menor do que os R$ 194,37 bilhões ofertados aos produtores.
O valor de R$ 600 milhões a ser destinado para o seguro rural no Plano Safra está muito aquém do necessário para o atual porte da agricultura brasileira. O seguro é tão ou mais importante que o próprio crédito para custeio.
O Plano Safra não inclui medidas alinhadas às propostas apresentadas pelo setor agropecuário para um Plano Plurianual. O governo está fragilizado e a conjuntura atual dificulta a substituição de planos anuais por plurianuais, mas algumas ações já poderiam ter sido contempladas e parcialmente absorvidas no atual Plano Safra 2018/2019.”

Jardim 

O deputado federal Arnaldo Jardim, ex-secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, concorda com a análise do consultor.

“A diminuição dos juros ficou aquém do esperado”, afirma o parlamentar. “Os recursos para Seguro são totalmente insuficientes e não há nenhuma diretriz sobre Plano Plurianual.”

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