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Cautela na comercialização da energia gerada a partir do bagaço de cana

Cautela é a palavra do momento entre os investidores que aplicam recursos na energia gerada a partir do bagaço de cana de açúcar. Devido a uma conjuntura de fatores, as distribuidoras e comercializadoras têm se demonstrado cautelosas em relação às incertezas do mercado, evitado firmar novos contratos a longo prazo com usinas de cogeração.

Segundo Max Xavier Lins, diretor comercial do Grupo GCS, a racionalização do consumo de energia após o racionamento, aliada às baixas temperaturas registradas no Nordeste, têm influenciado para o excesso de oferta de energia e a conseqüente redução dos preços no mercado atacadista. “O preço da energia caiu muito e as empresas que já tem energia contratada não querem consumir mais”, explicou o diretor. Por conta deste panorama, a comercializadora, que adqüiriu 60 MW de energia em 35 contratos, agora tem dispensado as ofertas apresentadas por usineiros do setor sucroalcooleiro. Para Onório Kitayama, assessor da área de Cogeração da Única (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), a queda dos preços da energia é uma das principais razões para a falta de viabilidade dos investimentos em projetos de geração a partir do bagaço de cana. Tanto Max Xavier quanto Kitayama apontaram a resolução nº 248, lançada nesta terça-feira, dia 7, pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) como prejudicial à competitividade da energia gerada por biomassa. “A medida traz desistímulos à co-geração e benefícios às fontes mais competitivas, que são as hidráulicas”, disse o representante da GCS. (Canal Energia)

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