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Brasil precisa de mais 6 milhões de hectares para produção de etanol

Para atender às demandas interna e externa de etanol em 2017, que representarão 64 bilhões de litros, o Brasil precisará incorporar mais seis milhões de hectares de áreas agricultáveis. A produção de etanol ocupa hoje uma área de 3,5 milhões de hectares, metade do solo utilizado para a produção de cana-de-açúcar.

A constatação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao participar do 10º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), aberto hoje nesta capital. A meta está prevista no plano decenal 2008/2017 que cobre todas as fontes de energia disponíveis no país. A EPE pretende encaminhar o plano em dezembro próximo para aprovação do Ministério de Minas e Energia.

Tolmasquim afirmou que há possibilidade concreta de o país deslocar esse volume de terras novas para a produção de etanol. Esclareceu que o Brasil possui 850 milhões de hectares, dos quais 378 milhões são terras aráveis. Desse total, 91 milhões de hectares são fronteira agrícola e 220 milhões são pastagens.

Informou que, em média, existe uma cabeça de gado por hectare. Em São Paulo, que não registra a criação mais intensiva de gado do país, o número sobe para 1,4 rês por hectare. Daí, estimou que se a média brasileira fosse a média de São Paulo, haveria disponíveis mais 50 a 70 milhões de hectares.

– Nós precisamos de seis milhões de hectares para atingir os 64 bilhões de litros de etanol. E uma intensificação da pecuária nos permite ter dez vezes mais do que o necessário para atingir essa meta – assegurou.

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