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BASF incrementa negócio de Agricultura de mudas sadias de cana

Crédito: Beto Lima
Crédito: Beto Lima

Com o objetivo de realizar a originação de material genético de cana-de-açúcar, utilizando-se de gemas da planta de variedades definidas previamente, a BASF incrementa o modelo de negócio AgMusaTM e passa a agregar no sistema a utilização da biofábrica móvel.

Para manter a qualidade das mudas, a empresa possui acordos de originação e licenciamento com os principais institutos e empresas de melhoria varietal do País, entre os quais: Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa).“Com isso, a empresa tem acesso a 99% do portfólio de variedades com a intenção de plantio”, afirma Cássio Teixeira, gerente de Marketing AgMusa.

Sobre o Sistema AgMusaTM

Para incrementar a produtividade dos canaviais do País, a BASF lançou em 2013 o sistema de produção de mudas sadias e formação de viveiros com alta qualidade. Trata-se do Sistema AgMusa™. Esta tecnologia garante ao produtor mudas com qualidade elevada que incrementam o potencial produtivo dos canaviais.

Além de contar com esse diferencial, o sistema permite a introdução de um novo cultivar de forma acelerada. No método convencional de multiplicação e formação de viveiros, o produtor multiplica uma nova variedade durante cerca de seis anos antes do uso comercial. Com este sistema, o processo pode ser acelerado para três anos. A aceleração de acesso às novas variedades e o plantio simplificado permitem ao produtor explorar o potencial produtivo e usufruir por mais tempo da inovação, maximizando sua rentabilidade. Os estudos para introdução do sistema ocorreram a partir de 2009 em diversas regiões produtoras, em parceria com clientes e pesquisadores e na Estação Experimental Agrícola da BASF, em Santo Antônio de Posse (SP).

A BASF desenvolveu um processo de alta tecnologia a partir de viveiros básicos formados com variedades obtidas diretamente do melhorista genético. As mudas da empresa passam por um tratamento exclusivo que confere alto vigor e garantia de sanidade, além de uma identidade genética homogênea para a formação de viveiros. Atualmente, o processo é conduzido na biofábrica da empresa na estação experimental.

Em maio último, a BASF também passou a recomendar a seus clientes e parceiros um novo método de manejo para o Sistema AgMusaTM, consorciado às culturas de soja ou amendoim pelo plantio em Meiosi ou “método inter-rotacional” – ocorrendo simultaneamente. Essa forma de plantio prevê a integração de duas culturas e tem como objetivo proporcionar rotação de área e benefícios agronômicos. A formação de um canavial a partir de mudas AgMusaTM elimina a possibilidade de levar pragas como Sphenophorus para a área em formação, além da garantia de sanidade em relação às doenças como raquitismo e escaldadura. “Além disso, a rotação de culturas reduz a pressão de pragas e contribui para a sustentabilidade do canavial”, acrescenta Teixeira.

A formação de viveiros e do canavial em Meiosi com o sistema AgMusa™ incrementa a rentabilidade do agricultor. O custo por hectare formado é reduzido à medida que o sistema proporciona um aumento de produtividade entre 20% e 40% do viveiro, dependendo da variedade utilizada. Já com o plantio em Meiosi, o produtor pode obter ganhos adicionais com o cultivo intercalar e benefícios técnicos relacionados ao uso do solo. Outra vantagem é a sinergia com os químicos utilizados para o plantio da cultura de ciclo rápido.

Atualmente, um viveiro de qualidade planejado para ser construído com alguns meses de antecedência e formado a partir de mudas sadias de variedades nobres, que sejam tratadas com defensivos de ponta, é capaz de prover em média 40% mais gemas viáveis para o plantio do canavial. Isso ocorre quando as mudas estão adaptadas ao solo e ao clima local.

A cultura da cana no Brasil está passando por uma revolução silenciosa com a disponibilização de novas tecnologias específicas para o cultivo, capaz de interromper o ciclo de baixa produtividade. “É preciso alterar este ciclo, uma vez que estamos falando de uma fonte de energia limpa e renovável da qual o Brasil é um protagonista relevante no cenário global” finaliza o gerente.

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