Mercado

Josias: “Setor está mais maduro”

O idealizador do Prêmio MasterCana é o jovem jornalista Josias Messias, 34 anos. Desde 1988 trabalha no JornalCana, sendo que em 1993, depois de dois anos sem circular, adquiriu o título e asumiu a direção do periódico. Atualmente, preside o grupo Apoio&Vendas Comunicações, que controla o ProCana, empresa líder de informações para o agronegócio sucroalcooleiro. Edita o JornalCana, o Anuário da Cana, o site procana.com. o Gold Guide to Fuel Ethanol e realiza eventos consagrados, como o prêmio MasterCana, única premiação auditada do setor, e a InfoCana – Feira e Congresso Nacional de Gestão Sucroalcooleira.

Para o jornalista, o setor canavieiro vive um amplo

processo de profissionalização

O que é e como surgiu o Prêmio MasterCana?

O Prêmio MasterCana é a versão ampliada e mais abrangente do tradicional Prêmio JornalCana, instituído desde 1988 para estimular o desenvolvimento do setor sucroalcooleiro, e que contou com um histórico de nove edições realizadas sob a nossa direção. O Prêmio MasterCana passou a englobar ações integradas de marketing, como um selo marcante, evento de gala e publicações abrangentes, as quais agregam significativo valor ao setor sucroalcooleiro como um todo, bem como a cada participante individualmente.

Como se dá o processo de escolha dos candidatos?

Através de uma pesquisa abrangente, envolvendo milhares de profissionais e empresários sucroalcooleiros. Cada categoria é pesquisada junto ao público diretamente envolvido. Isto quer dizer que cada público escolhe os ganhadores da área em que atua. Por exemplo, apenas os presidentes e acionistas das usinas e destilarias votam nas categorias políticas e institucionais, e apenas os executivos e profissionais da área industrial votam nos ítens de equipamentos e serviços da área industrial. Tudo isto não teria a força e o carisma conquistado pelo MasterCana se não contasse com a credibilidade da ProCana e a auditoria da Simonsen Associados, empresa com sólida e reconhecida expertise em pesquisas mercadológicas.

De onde partiu a idéia de estender a premiação para os produtores da região Nordeste e Interior de São Paulo?

Não foi uma idéia, foi um anseio, um sonho agora alcançado. Em relação ao Nordeste, há mais de uma década que o JornalCana mantém forte relacionamento com os produtores canavieiros e suas lideranças. Fomos o primeiro jornal a publicar entrevista ou perfil de alguns empresários e grupos nordestinos, divulgando suas ações para o País e, muitas das vezes, inserindo-os inicialmente na mídia. Não poderíamos deixar de reconhecer o expressivo trabalho e desenvolvimento proporcionado pelos nordestinos. Muitos não teriam a oportunidade de verem seu esforço reconhecido se permanecessem apenas concorrendo ao Prêmio MasterCana a nível nacional, com grupos proporcionalmente mais fortes e equipados da região Centro/Sul.

Que análise o senhor faria sobre o mercado sucroalcooleiro nacional?

Hoje o setor canavieiro vive um amplo processo de profissionalização e de efervescência nas estratégias empresariais. Como atividade econômica, a agroindústria canavieira reúne excelentes condições de abrir e criar mercados para o álcool e açúcar brasileiros. E, melhor, há muito interesse no exterior pelo álcool combustível, por informações e tecnologias sucroalcooleiras do Brasil.

Os números mostram que a cana é um dos principais produtos agrícolas do País.

O que o senhor espera que o Governo Federal possa fazer para que o setor cresça ainda mais?

Os empresários sucroalcooleiros têm demonstrado sua maturidade e competência na condução tanto das empresas quanto das questões institucionais e de comercialização que se referem ao açúcar e álcool combustível. Eles têm conseguido administrar o mercado com uma certa estabilidade. Hoje, cabe ao governo continuar agindo com responsabilidade ao tratar de um setor estratégico para a economia, da mesma forma que no primeiros seis meses do governo Lula. Basicamente, cabe ao governo três posturas. A primeira é não atrapalhar. Muitos das dificuldades que agronegócio sucroalcooleiro enfrenta neste momento são fruto de ações irresponsáveis de autoridades públicas anteriores. Se o governo não puder contribuir, pelo menos não volte a atrapalhar!

O que o senhor espera do setor, principalmente do Nordeste, nos próximos anos?

As próximas safras serão um teste para o bom senso e profissionalismo dos produtores de açúcar e álcool brasileiros. Em relação ao Nordeste, minhas perspectivas permanecem otimistas em três vertentes. A safra 2003/2004 será de recuperação, apresentando bons níveis de produtividade e preços. A maioria das usinas da região vai aproveitar o bom ano para recuperar-se econômica e produtivamente do período de seca ocorrido no final da década passada, e fortalecer sua competitividade estratégica. Uma boa parte vi investir na otimização de seus pontos críticos de produção, principalmente em sistemas de irrigação, geração e uso de vapor e novos sistemas de gerenciamento e controle.

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