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Aquisição agita mercado mundial de açúcar

A venda da Béghin-Say, controlada pelo grupo italiano Edison SpA, para Union SDA vai provocar uma reviravolta no mercado mundial de açúcar. Se concretizada, a cooperativa francesa, que não figurava entre as dez maiores empresas de açúcar do mundo até o momento, vai passar a brigar pela liderança no mercado mundial.

Dados da Ersuc, empresa francesa de consultoria sucroalcooleira, mostram que metade das dez maiores companhias produtoras de açúcar do mundo está concentrada na Europa. As dez empresas juntas detêm atualmente 21% da produção global, ou 27,7 milhões de toneladas de açúcar.

A briga pelo primeiro lugar no ranking, hoje ocupado pela alemã Sudzucker, esteve acirrada nos últimos anos. A inglesa Tate & Lyle ocupava o topo, mas desde que se desfez de negócios de açúcar em outros continentes, perdeu a liderança. A empresa alemã, por sua vez, adquiriu no final do ano passado a francesa Saint Louis, o que a colocou em primeiro lugar no ranking.

Mais concentrado, diferentemente do Brasil, o mercado europeu é disputado palmo-a-palmo pelas empresas. Os subsídios de produção e exportação colocam as companhias européias e norte-americanas em vantagem sobre as demais do mundo. Estas empresas também têm maior mobilidade para procurar oportunidades de negócios em países mais competitivos, como o Brasil – com os menores custos de produção. É o caso da Union SDA, que firmou parceria em 2000 com o Grupo Cosan e hoje tem participação em três usinas de açúcar e álcool do País. A Béghin-Say, no ano passado, fechou a compra da Açucareira Guarani. A francesa Louis Dreyfus controla atualmente duas usinas no País.

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