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Após três anos, usina retoma moagem sob controle de gestor americano

A usina de cana-de-açúcar Rio Amambaí Agroindústria retomou as atividades em 14/06 após mais de três anos fechada. Antes pertencente ao grupo Infinity Bio-Energy e chamada Usina Naviraí, a unidade hoje é controlada pelo fundo investidor norte-americano Amerra.

Localizada no município de Naviraí (MS), a unidade exigiu investimentos de US$ 90 milhões. O governo estadual concedeu incentivos fiscais, conforme a assessoria do Executivo do Mato Grosso do Sul.

A perspectiva é chegar a produção anual de 3,2 milhões de toneladas de açúcar nos próximos três anos. Na safra recém-iniciada, a previsão é chegar a 2,1 milhões de toneladas. A unidade tem capacidade instalada para moer 3,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

Durante a solenidade de reabertura da usina, presentante da Amerra, Rogério Martins, explica que foram cultivados 18 mil hectares de cana.  Para isso, conta com 700 funcionários diretos e outros 380 indiretos, somando mais de mil novos postos de trabalho locais.

Roberto Hollanda, presidente da Biosul, entidade representativa do setor sucroenergético no Mato Grosso do Sul, explicou que a Rio Amambaí vai produzir etanol e açúcar e passa a integrar o grupo de 19 usinas em operação em Mato Grosso do Sul.

“O Estado consome 46 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano e a nova unidade abre as portas em um bom momento e com ótimas perspectivas de produção”, disse.

Amerra e CarVal

 

Em um acordo fechado em dezembro de 2017, a gestora americana de fundos Amerra Capital Management passou a ser a única acionista da Usina Naviraí (antiga Usinavi).

Desde 2016, a Usina Naviraí era administrada pela Amerra e pelo fundo de investimentos CarVal Investors, formado por funcionários norte-americanos da multinacional Cargill e com atuação independente.

Segundo informações divulgadas, a gestora de fundos adquiriu a participação de 50% da CarVal. Contudo, não foram divulgados detalhes da negociação ou o valor da aquisição.

Ambas as companhias eram credoras da Infinity Bio-Energy, antiga controladora da usina, que, em 2016, estava em recuperação judicial e acumulava dívidas de mais de R$ 2 bilhões. Na ocasião, a Amerra também passou a controlar outra usina da companhia, a Ibirálcool, em Ibirapuã (BA).

De acordo com cálculo da consultoria EXM Partners, que realizou o plano de recuperação da Infinity, o valor da Usina Naviraí em 2016 era de R$ 521 milhões. Na época, entretanto, o valor da dívida da usina era de R$ 943,48 milhões.

Em julho de 2017 foi decretada a falência da Infinity Bio-Energy.  (Com informações da assessoria do Governo do Mato Grosso do Sul)

 

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