Após os caminhoneiros, trabalhador da Petrobras também decide entrar em greve

Depois da paralisação dos caminhoneiros, os trabalhadores da Petrobras também decidiram interromper o serviço. A paralisação será de 72 horas, a partir da próxima quarta-feira (30/05), e também influenciará o dia a dia do País.

Liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados, a mobilização pressiona pela queda dos preços dos combustíveis e também é uma manifestação contra a eventual proposta de privatização da Petrobras e a gestão do presidente da empresa, Pedro Parente.

Não se sabe o alcance da paralisação a partir de quarta-feira, mas o receio é de que contribua para a situação de desabastecimento de combustíveis. Entre os gestores das 360 usinas de cana-de-açúcar e flex do País, a falta de óleo diesel nos últimos dias afetou as operações das unidades.

Oficialmente, 47 unidades da região Centro-Sul do país tinham registrado problemas nas operações na quinta-feira (24/05). O problema agravou-se no fim de semana. “Muitas das unidades podem ter sido pegas de surpresa e o reabastecimento deverá levar dias para ser restabelecido”, disse executivo de um grupo sucroenergético.

Enquanto a situação segue confusa, com as usinas sem saber quando terão de fato a normalidade no abastecimento de diesel, caminhões, tratores e demais veículos agrícolas seguem parados, o que afeta as operações vitais das usinas, uma vez que a área agrícola representa 70% da fabricação de açúcar ou de etanol.

Cronograma

Em relato distribuído na manhã desta segunda-feira (28/05) pela Agência Brasil, os petroleiros preparam para hoje atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.

Para amanhã (28), a FUP e seus sindicatos promovem o Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações.

“A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.