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Agroecologia conquista espaço

Mais de 3 mil produtores rurais já se dedicam à agroecologia no Paraná, atividade que abrange o cultivo de produtos orgânicos de modo diversificado e auto-sustentado. Os agricultores paranaenses representam quase 50% dos produtores agroecológicos do país e se destacam pela produção de aproximadamente 35,5 mil toneladas anuais de hortaliças, soja, açúcar mascavo, milho, frutas, café, erva-mate, feijão, plantas medicinais, arroz, trigo e mandioca.

Segundo o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, agrônomo Richardson de Souza, o setor agroecológico cresceu 700% nos últimos cinco anos, em função do aumento da participação dos produtos orgânicos no comércio mundial de alimentos cerca de 25% ao ano. “Estima-se que entre 1,2% a 2% dos mercados da União Européia, Estados Unidos e Japão sejam ocupados por alimentos agroecológicos”, informa Richardson. O segmento movimenta US$ 26 bilhões ao ano em todo o mundo. Cerca de R$ 300 milhões/ano decorrem de negócios realizados no Brasil. Ele lembra que a produção orgânica demanda entre 50% e 200% menos de investimentos. Emater – No Paraná, os produtores agroecológicos estão estabelecidos principalmente nas regiões de Ponta Grossa, Jacarezinho, Francisco Beltrão e Litoral. Eles passam por treinamentos oferecidos pela Emater. A produção de orgânicos é tema da Semana de Agroecologia, aberta na terça-feira (07) em Morretes, no Litoral, pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Deni Schwartz. Durante o encontro de agroecologia em Morretes, que vai até amanhã (10) agricultores, técnicos e consumidores participaram do dia de campo do gengibre orgânico, que está sendo cultivado em fase experimental na região, para avaliar os resultados da pesquisa até o momento.

Custo de produção é menor – Um ano e meio depois do início do projeto, o cultivo de gengibre orgânico no Litoral apresentou um custo de produção 16,7% menor e uma produtividade 54,5% superior, informou o coordenador da pesquisa, agrônomo Renato Tratch. Pelo sistema convencional, os custos de produção absorvem R$ 6,8 mil por hectare; no orgânico, baixam para R$ 5,6 mil/ha. Outra vantagem do sistema orgânico é a preservação da saúde do trabalhador rural, do meio ambiente e do consumidor, já que são usados insumos de baixo impacto ambiental. Apesar de já dimensionar o impacto econômico da nova tecnologia de manejo, a equipe de professores e acadêmicos envolvidos no projeto do gengibre orgânico ainda estudam aspectos relacionados ao sombreamento (usando milho e quiabo) e à adubação. Segundo Tratch, todos os detalhes da nova forma de cultivo poderão ser divulgados no segundo semestre, após a última colheita experimental. A pesquisa é uma parceria entre Secretaria da Agricultura, Emater e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC).(Paraná-On Line)

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