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África do Sul quer que empresários invistam em integração

Depois de 15 anos do fim do apartheid (regime de segregação racial), a África do Sul se esforça para estimular os empresários sul-africanos e estrangeiros a adotarem os incentivos de profissionalização de negros e integração no mercado de trabalho. Há leis e até estímulos tributários para o empresariado implementar as medidas.

Dirigindo-se aos 98 empresários brasileiros, que estão em missão na África, Nomonda Mesatywa, do Programa de Desenvolvimento do Econômico Negro (sigla em inglês BEE), apelou para a cooperação do empresariado brasileiro. “Queremos incentivar a participação do povo negro na nossa economia. Também promovemos as parcerias. Todas as empresas têm de cumprir as normas mínimas.”

Segundo ele, a iniciativa é exaustiva e abrangente. “Nosso objetivo fundamental é criar pequenas e médias empresas. Queremos prestar o apoio necessário e promover nossos objetivos, a nossa legislação.”

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou que recentemente foi assinado um acordo para troca de informações e promoção do comércio bilateral entre os países. “O presidente Lula em sua participação na cúpula africana propôs uma revolução verde para a qual o Brasil tem condições de colaborar.”

Miguel Jorge ressaltou ainda que, no mês passado, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, esteve no Brasil e demonstrou interesse em estreitar relações econômicas. Para o ministro, é fundamental desenvolver parcerias para pesquisas de cooperação nas áreas de energia, biocombustíveis e no cultivo para a cana-de-açúcar – visando à produção de etanol.

O ministro do Comércio e Indústria da África do Sul, Rob Davies, reiterou as afirmações de Miguel Jorge. “A África do Sul e o Brasil, além de outros países do Hemisfério Sul, partilham experiências comuns de desenvolvimento, sabemos como é difícil alterar nosso perf! il de países produtores de matérias-primas para mercadorias industriais. É necessário que a África do Sul preste mais atenção nas relações Sul-Sul. Isso é muito importante.”

Davies afirmou que o esforço dos países em desenvolvimento concentra-se não só na preservação das linhas de produção, mas também na ampliação de mercados. “Nossa visão é que não devemos nos afastar do padrão e que não tentemos subverter a produção natural de nossos países. Temos de tentar buscar acordos complementares, criando espaços para o desenvolvimento mútuo.”

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