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Açúcar da Austrália ganha com desaceleração da China. Saiba os motivos em 5 explicações

João Paulo Botelho, analista da consultoria INTL FCStone, lista a seguir 5 explicações sobre porque a desaceleração chinesa pode melhorar a competitividade do açúcar feito pela Austrália, que é o terceiro maior exportador líquido do produto.

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aApesar do real ter se desvalorizado mais do que a maioria das moedas dos demais países industrializados, o câmbio de outro importante exportador de açúcar também sofreu nos últimos anos: a Austrália. Mesmo tendo uma das economias mais avançadas do mundo, a moeda deste país insular se desvalorizou mais e apresentou maior volatilidade do que outros concorrentes muito menos desenvolvidos, como Índia e Tailândia

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A desaceleração da moeda australiana – influenciada pelo ritmo do crescimento econômico na China – pode ter impacto baixista sobre as cotações do adoçante, ao reduzir os custos de produção aferidos em dólares americanos. Com a redução de seus custos em relação aos seus competidores asiáticos, os exportadores australianos devem procurar aumentar sua participação em importantes mercados importadores da região

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Assim como no caso do Brasil, o gigante asiático é o principal parceiro comercial da Austrália, importando deste principalmente matérias-primas, como minério de ferro, carvão, cobre e alumínio. A dependência da Austrália em relação ao mercado chinês, entretanto, é muito mais acentuada que no caso do Brasil. Na média dos últimos doze meses, 32,4% das exportações australianas foram para a China, enquanto no caso brasileiro apenas 17,1% se destinaram ao gigante asiático

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Nada indica que o dólar australiano deixará de ser afetado pelo crescimento da China e pelo preço do minério de ferro, que devem continuar pressionando a taxa de câmbio. No momento, porém, as movimentações têm acompanhado também as especulações em torno de cada reunião do banco central do país (Reserve Bank of Australia, RBA).

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Nos últimos anos, a autoridade monetária cortou a taxa básica de juros de 4,75% para 2% para evitar a deflação e estimular a economia em meio à queda na demanda chinesa, que levou ao fim do boom da mineração. Com isso, apesar da inflação ainda estar dentro da meta e do desemprego estar em queda, a continuidade da desaceleração na China combinada à crescente instabilidade no mercado financeiro vem levando a maioria dos economistas a acreditar que o RBA deve voltar a diminuir os juros nos próximos meses, o que pode ajudar a desvalorizar ainda mais a moeda do país

Participação chinesa nas exportações 

intl
Fonte: INTL FCStone

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