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Acordo para refinaria com PDVSA sai até fim do ano,diz Petrobras

O acordo de acionistas e o estatuto social da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, projeto conjunto de Petrobras e PDVSA, tratado desde o primeiro encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, devem ser fechados até o fim do ano, disse um diretor da Petrobras.

O acordo de acionistas e o estatuto social da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, projeto conjunto de Petrobras e PDVSA, tratado desde o primeiro encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, devem ser fechados até o fim do ano, disse um diretor da Petrobras.

Os dois documentos, essenciais para a constituição legal da empresa responsável pela refinaria, vêm sendo negociados desde 2006 pelas duas petroleiras. Nesta terça-feira, em Manaus, mais um passo foi dado em direção a um acordo. Petrobras e PDVSA assinaram um termo de compromisso com as diretrizes do acordo de acionistas e do estatuto social.

Segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a demora se deve à complexidade do negócio.

“Há 28 anos o Brasil não constrói uma refinaria. Fazer uma refinaria não é uma coisa simples, é uma coisa extremamente complexa”, disse a jornalistas depois de almoço oferecido por Lula a Chávez e aos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa.

De acordo com o diretor, existem ainda três pendências para que o acordo de acionistas e o estatuto social da refinaria sejam concluídos: fechar os contratos de fornecimento de petróleo, aguardar resultado de auditoria externa que verifica quanto a Petrobras já investiu no empreendimento e portanto qual deverá ser o aporte da PDVSA e fazer um plano de negócios para a refinaria.

“Com esses três documentos prontos, é só começar. Trabalhamos para ter tudo concluído até o fim deste ano”, disse o diretor da empresa brasileira.

OBRAS CONTINUAM

Enquanto estes três pontos não forem resolvidos, a Petrobras, disse Costa, continuará investindo para assegurar o cumprimento dos prazos de construção e operação da refinaria.

“Nós não podemos parar. Essa refinaria é muito importante para o Brasil”, declarou Costa, referindo-se à redução dos custos de logística para o transporte de derivados para o Nordeste, onde só existe uma refinaria em operação.

A refinaria Abreu e Lima, que demandaria investimentos de aproximadamente 4 bilhões de dólares nos valores de 2006, terá capacidade de processar 200 mil barris de óleo pesado por dia. O fornecimento de petróleo é de 50 por cento para cada país e o capital total da empresa será 60 por cento do Brasil e 40 por cento da Venezuela.

A parte de destilaria deve entrar em operação no segundo semestre de 2010, enquanto os setores de hidrotratamento e coqueamento retardado estão previstos para 2011, disse Paulo Roberto. Da capacidade total da refinaria, 55 a 60 por cento serão utilizados para a produção de diesel. O restante será para produzir nafta e coque de petróleo, matéria-prima usada, por exemplo, na siderurgia.

Segundo Costa, esse será o perfil da refinaria porque o consumo de gasolina no Brasil está caindo pela alta da demanda por etanol e GNV e o país tem excedente de óleo combustível, enquanto é importador de diesel.

Além do termo de compromisso entre Petrobras e PDVSA, foram assinados acordos de cooperação nas áreas de produção de alimentos, indústria e financiamento à habitação.

Na cerimônia de assinatura de atos, Chávez agradeceu a ajuda recebida. “Estão executando um trabalho de extraordinária qualidade técnica”, afirmou Chávez em referência aos técnicos brasileiros que já auxiliam o governo da Venezuela nesses projetos de cooperação.

O presidente Lula, por sua vez, ressaltou que esses projetos resgatam o papel do Brasil para a América do Sul.

“É uma obrigação do Brasil ser mais solidário com as economias mais frágeis do nosso continente.”

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