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A nova geração do biocombustível

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Muito se falou em mudanças no ano de 2012. A crise que tomou conta do setor sucroenergético fez com que cada área do segmento repensasse o trabalho desenvolvido até então. Do sol estonteante da lavoura, ao ameno clima do escritório, os colaboradores que lá estiveram se viram obrigados a buscar alternativas.

Alternativa. Essa é a palavra que pode fazer com que uma nova tecnologia tome conta e coloque o Brasil em um seleto grupo mundial. O etanol celulósico, também conhecido como de 2ª geração, tende a ser o caminho para o tão desejado incremento na produção doméstica do combustível renovável.

Embora já domine a tecnologia para fabricar o produto a partir da biomassa da cana-de-açúcar, o Brasil ainda esbarra na questão dos custos de produção, fator que pode estar com os dias contados.

Segundo Alan Hiltner, vice-presidente da GraalBio, empresa responsável pela construção da primeira unidade industrial de etanol celulósico do Brasil, e a sexta no mundo em larga escala, o produto pode ser competitivo. “O etanol 2G surge como parte da solução. Acreditamos que a tecnologia já é economicamente viável em escala industrial. É claro que existem riscos inerentes a todo projeto pioneiro, mas nossa projeção é que o custo de produção seja menor que o da primeira geração”.

A referida usina deverá entrar em operação em dezembro e terá capacidade de produzir anualmente até 82 milhões de litros de etanol de segunda geração. Localizada na cidade alagoana de São Miguel dos Campos, a construção demandará investimentos de R$ 300 milhões, sendo viabilizada pela parceria entre a empresa brasileira com a BetaRenewables e à Chemtex, ligadas ao grupo italiano Mossi&Ghisolfi (M&G), um dos principais fabricantes de embalagens PET do mundo.

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Alan Hiltner, vice presidente da GraalBio

“Para as usinas, o etanol 2G se apresenta como uma possível solução para ampliar a produção de etanol na mesma área, reduzindo os custos médios de produção. Outro ganho é a venda da biomassa excedente (bagaço ou palha), gerando uma receita extra. Já para o consumidor, posso dizer que a tecnologia é exatamente igual ao que existe hoje no mercado, com uma vantagem, ele proporciona uma redução ainda maior na emissão de gases de efeito estufa, contribuindo com o meio ambiente”, explica Hiltner.

Em seu projeto, a GraalBio contará com a participação da Novozymes, empresa dinamarquesa que cria enzimas responsáveis por transformar a palha e o bagaço em álcool.

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