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A grife do cortador de cana

Uso de equipamentos de proteção cresce mesmo com mecanização. A Nexus EPI, fabricante de equipamentos de proteção individual, de Sertãozinho, conquistou, em três anos e meio de existência, metade do mercado nacional de luvas com proteção anticorte e de caneleiras para cortadores de cana, dois dos mais importantes acessórios de uso obrigatório pelo trabalhador.

Apesar de o número de cortadores de cana ter diminuído nos últimos anos, devido ao avanço da mecanização da colheita, o mercado de equipamentos de proteção para o trabalhador rural tem registrado forte crescimento. A Nexus EPI elevou as vendas de caneleiras de 20 mil pares em 2000 para 87 mil pares no ano passado, o que equivale a um crescimento de mais de 100% ao ano.

Até junho deste ano, a Nexus já havia vendido 130 mil pares e deve fechar o ano com pelo menos 150 mil pares, o que representaria 72,4% de aumento em relação a 2002. Em luvas (oito pares por safra por trabalhador), são 35 mil pares por mês, ou 420 mil pares no ano. As informações são de José Batista Rosa Neto, administrador de empresas e sócio-diretor da Nexus EPI.

Segundo Neto, os equipamentos hoje são muito diferentes dos usados por sua mãe, dona Adelina, de 64 anos, que cortou cana quando criança, há mais de 50 anos, em Sertãozinho. “Hoje, temos tecnologia e uma série de acessórios, todos aprovados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). No passado, minha mãe usava meias como luvas e pedaços de calças como perneiras”, disse ele.

Apesar de a legislação obrigar, nem todos os 350 mil cortadores de cana existentes no País (eram mais de 500 mil cinco anos atrás) usam os equipamentos de proteção. Em São Paulo, segundo Neto, usa-se mais do que no Nordeste. Mesmo assim, o mercado movimenta mais de R$ 100 milhões por ano.

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