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Usinas do exterior inovam nas caldeiras para produção de bioenergia

Raul Bragheto
Hoje o setor de bioenergia à partir de cana de açúcar no Brasil ainda é muito tradicionalista e opta por caldeiras convencionais de grelhas com lavador de gases úmidos e com classes de pressão em torno de 900 Psi. Enquanto isso, a maioria de empresas no exterior utilizam caldeiras (ecologicamente eficientes) com sistema de queima por leito fluidizado e sistemas de depuração de gases, como precipitadores eletrostáticos e filtros de mangas com sistemas de dessulfurização. A informação é do engenheiro mecânico, Raul Bragheto, gerente comercial da Uni-Systems do Brasil, ao falar de seus clientes internacionais.

“Estas caldeiras possuem flexibilidade para queimar distintos combustíveis diferentemente das caldeiras convencionais (caldeiras de grelha). Além disso, o leito fluidizado permite um controle de emissões, principalmente de anidridos sulfurosos, junto com a queima do combustível. Isto é possível através da injeção de reagentes diretamente no leito de areia, como calcário ou outros, onde encontramos as temperaturas ideais para este tipo de reação química. O resultado final das reações é a transformação dos anidridos em sulfato de cálcio sólido extraído, por exemplo, em filtros de mangas ao final do circuito de gases antes de serem lançados à chaminé”, lembra.

Para ele, no futuro, quando houver uma fiscalização mais rígida para as emissões, esta vertente de caldeiras ecologicamente eficientes será amplamente difundida no Brasil.

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