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Unica: nova mistura e volta da Cide sinalizam importância do etanol

A diretora-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, avaliou nesta quarta-feira (4/4) que o aumento da mistura do álcool anidro à gasolina de 25% para 27%, assinado hoje, é positivo e sinaliza, junto com a retomada da cobrança da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), “que o governo enxerga que etanol é importante dentro da matriz energética”, afirmou. “Esperamos que daqui para frente haja previsibilidade e regularidade nessas medidas”, acrescentou.

No entanto, segundo ela, a alta na mistura poderia ter sido feita em janeiro deste ano, já que as usinas “certamente” garantiram o abastecimento do etanol demandado. Para Farina, a medida vai ser efetivada um mês após a data negociada na última reunião entre o governo e o setor. Previsto inicialmente para 16 de fevereiro, o aumento na mistura, anunciado após a reunião do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima), valerá a partir de 16 de março.

O anúncio ocorre após um ano de negociações entre governo e os setores produtivos de etanol e de veículos automotores. Farina disse que a demanda anual de etanol anidro com o aumento de 2 pontos porcentuais na mistura será de 1 bilhão de litros e que pelo álcool ser mais barato que a gasolina é possível uma queda nos preços do combustível de petróleo comercializado nas bombas. No entanto, essa redução dependeria do mercado e seria muito pequena se ocorresse. “Não dá para dizer se o preço vai cair, porque depende da interação do mercado. De fato etanol custa menos que gasolina e uma variação seria muito pequena.”

A diretora-presidente da Unica evitou polêmica com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, que orientou os consumidores de veículos movidos só a gasolina a utilizarem gasolina premium nos motores, combustível que continuará com a mistura em 25% de anidro. “Não sei explicar o motivo de o Moan ter levantado isso. Foram feitos vários meses de testes de emissões, consumo e durabilidade de peças pela Anfavea e, no último deles, os veículos tinham rodado mais de 70% da quilometragem prevista sem problema algum”, concluiu.

(Fonte: Estadão Conteúdo)

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