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Supercana chega em três anos. E já tem cliente

 

A supercana desenvolvida pelo Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, está na etapa final de maturação. 

A variedade, que pode atingir 6 (seis) metros de altura, e tem potencial para produzir 300 toneladas por hectare, deverá estar disponível no mercado em 2018.

Portal JornalCana confirmou junto a fontes ligadas a tecnologia agrícola, que a variedade já tem usina de cana-de-açúcar na ‘fila’ para empregar a supercana.

Uma dessas clientes é a Bunge, uma vez que a variedade de cana-de-açúcar tem cultivos em Tocantins, estado no qual a multinacional americana opera a unidade sucroenergética no município de Pedro Afonso.

Unidade Pedro Afonso, da Bunge: 'cliente' da supercana
Unidade Pedro Afonso, da Bunge: ‘cliente’ da supercana

Em comunicado anterior ao Portal JornalCana, a assessoria da Bunge informou que a supercana tem a finalidade de ser matéria-prima para a cogeração de energia elétrica. Mas a variedade também é destinada para a produção de etanol celulósico, ou 2G.

Leia mais: Supercana para gerar energia elétrica

A variedade tem como principais características um alto índice de fibras e de biomassa (fonte para a geração de energia térmica a ser convertida em energia elétrica), diferentemente da cana tradicional, que possui mais sacarose e é utilizada para produzir açúcar e etanol.

Daí ser chamada de “cana energia”, por ser mais própria para produzir energia térmica e elétrica ou etanol de segunda geração, a partir da palha e do bagaço da cana.

A diferença visual é clara: a supercana é mais grossa e chega a quase o triplo de altura –a tradicional atinge até 2,2 metros de altura. O rendimento também é muito maior, já que a convencional atinge a média de 80 toneladas por hectare.

Origem

Para chegar à variedade, pesquisadores partiram de uma espécie selvagem. Foram feitos cruzamentos com canas tradicionais, e os “descendentes” foram selecionados até chegar ao material com esse perfil. Se ela emplacar no mercado, um desafio será encontrar colheitadeiras e maquinário que tenham condições de cortá-la e levá-la até as usinas.

Uma possibilidade discutida é evitar que ela atinja a altura e peso máximos e, com isso, em vez de uma safra a cada 12 meses, poderia ser colhida em sete ou oito meses, com duas safras em 15 meses.

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