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Sobrará cana em Pernambuco, diz AFCP

Quase um milhão de toneladas ficará no campo por falta de usinas
Quase um milhão de toneladas ficará no campo por falta de usinas

Em 2014, mais duas usinas foram fechadas em Pernambuco (Pedroza – Cortês; UnaAçúcar – Água Preta). Nos últimos anos, outras cinco encerraram suas atividades. O cenário cria um fenômeno único e ameaça a produção canavieira no Estado, podendo sobrar cana no campo por falta de usinas para processá-la.

De acordo com a AFCP – Associação dos Produtores de Cana de Pernambuco, quase um milhão de toneladas não devem ser moídas na Zona da Mata Sul. “Pernambuco dever produzir um pouco mais de 14 milhões de toneladas, mas cerca de 0,8 milhões de toneladas deixarão de ser processadas por falta de usinas na Mata Sul”, revela Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.

O dirigente conta que a cana ficará no campo e o produtor perderá seu investimento. O cenário pode ainda ser agravar caso se confirme o fechamento da usina Santa Maria, em Porto Calvo, que fica na divisa entre Pernambuco e Alagoas. A unidade processou aproximadamente 700 mil toneladas na última safra.

Mata Norte

A crise também afeta o setor na Zona da Mata Norte do Estado. Porém, o cenário só não é idêntico ao da Mata Sul porque há usinas na Paraíba que absorvem parte da produção dos fornecedores pernambucanos de cana. Cerca de 400 mil toneladas são processadas nas unidades Tabu e Giasa.

Todavia, antes de 2012, parte desse montante era moído em PE na usina Cruangi. “Em março deste ano, o então governador Eduardo Campos também havia anunciado a aprovação do projeto de reabertura dessa unidade industrial – não encaminhado pelo atual governador”, diz Lima.

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