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Seca eleva custos e cidades estudam aumentar tarifas

agua_torneiraAo menos seis cidades da região de Ribeirão Preto estudam aumentar a tarifa da água por causa da alta nos custos causados pela seca.

A medida pode impactar cerca de 247 mil pessoas em Batatais, Bebedouro, Brodowski, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú e Américo Brasiliense.

Em Casa Branca, a prefeitura já aumentou a tarifa para R$ 1,76 por mil litros. O valor é 2,6 vezes maior que o anterior. Desde maio, a cidade enfrenta racionamento e, atualmente, o corte de água é feito por 15 horas.

Em todos os casos, as prefeituras alegam que a estiagem obrigou medidas alternativas para levar água às moradias, o que encareceu os procedimentos.

Segundo Luiz Carlos Fernandes Bueno, diretor do departamento de água de Casa Branca, o aumento elevado ocorreu porque a tarifa estava “congelada” desde 1989.

Ainda segundo Bueno, com o racionamento, funcionários do departamento precisaram fazer horas extras para monitorar o sistema.

Em Brodowski, a quebra de uma bomba de captação em um poço fez a prefeitura gastar 76,7% a mais para garantir o abastecimento da população durante 36 dias. A prefeitura precisou alugar uma nova bomba, além de gastar com a instalação do equipamento e caminhões-pipa.

O custo mensal que era, em média, de R$ 390 mil, passou para R$ 700 mil em agosto.

Olavo Dalpogeto, diretor do departamento de água do município, disse que a prefeitura já planejava reajustar a tarifa, que tem o mesmo valor há 15 anos. O aumento de 58% deve entrar em vigor até outubro, segundo o diretor.

Em Bebedouro, o Saaeb (serviço de água e esgoto) estima ter elevado em 10% o gasto com captação e distribuição de água neste ano, por precisar de servidores 24 horas por dia devido à estiagem.

Gilmar Feltrin, diretor do Saaeb, disse que a tarifa está defasada, mas não poderá ser reajustada em um período de crise hídrica. “A população está sem água e nós vamos aumentar a tarifa? Não dá para fazer isso. Nós já temos estudo porque, se não reajustar, o departamento quebra.”

Em Tambaú, que “importa” água de uma represa particular desde maio, os custos foram elevados entre 40% e 50%. A prefeitura disse que o reajuste, apesar de necessário, não será feito este ano.

Santa Rita também teve aumento de custos pela “importação” de água de uma represa particular. A prefeitura disse que estuda o reajuste.

Em Américo Brasiliense e Batatais, as prefeituras estudam os reajustes para 2015 porque a seca “escancarou” a necessidade de investimentos.

(Fonte: Folha de S. Paulo)

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