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Saiba os principais destaques do Seminário Tereos

O XIII Seminário Tereos Guarani, realizado na quarta-feira (20/05) na capital paulista, reuniu alguns dos principais analistas do setor sucroenergético para traçar um cenário sobre o setor neste 2015 e nos próximos anos.

O portal JornalCana esteve no evento e traz abaixo os principais destaques apresentados pelos analistas. São informações exclusivas para quem esteve no Seminário Tereos e, agora, partilhadas para os leitores desse portal.

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ALEXANDRE SCHWARTSMAN

O economista Alexandre Schwartsman focou o ajuste fiscal em fase de implantação pelo Governo federal.

Segundo o economista, durante 2016 o setor sucroenergético, assim como toda a sociedade brasileira, ainda sentirão o impacto do ajuste fiscal. De positivo, emendou, os resultados desse ajuste virão ainda a partir de 2016. “A atividade econômica deverá começar trajetória de crescimento [já a partir de 2016]”, disse.

“2015 é um ano de regime insustentável de política econômica para alternativa mais estável. Haverá custos: queda de produto e emprego, que conviverá com inflação mais alta, por conta da correção dos abusos dos últimos anos”, resumiu.

 

MARTINHO SEIITI ONO

Diretor da SCA ETANOL DO BRASIL

foto14agr-201-etanol-b15Em projeção, o diretor da SCA, Martinho Ono, avalia que em 2020 o mercado nacional terá condições de consumir 27,8 bilhões de litros de hidratado, praticamente 11 bilhões acima desse etanol a ser processado na safra em vigor.

Como dar conta dessa demanda estimada? Segundo Ono, o Centro-Sul teria de ter à disposição 800 milhões de toneladas de cana no ciclo 2020/21, 160 milhões de toneladas acima da oferta existente hoje.

A projeção em alta para o hidratado da SCA reflete o avanço da presença do hidratado na matriz energética do ciclo Otto. Essa presença foi de 16,5% em 2013, subiu para 17% em 2014 e, conforme o executivo, irá superar os 20% nesse ano.

 

LUIS CARLOS CORREIA CARVALHO, O CAIO

Diretor da Canaplan

2013-04-24-Luiz-Carlos-Corrêa-Carvalho-Caio-Presidente-Abag-Seminario-GuaraniPara o diretor da Canaplan, os produtores terão de garantir neste 2015 uma oferta adicional de 2 bilhões de litros de hidratado por conta da demanda maior do mercado interno, e outros 2 bilhões de litros a serem transferidos pelo Centro-Sul para as regiões Norte e Nordeste, nas quais o consumo do hidratado também avança.

Conforme projeções apresentadas no Seminário Tereos Guarani, Caio revela que neste ano, em relação a 2014, o mercado de combustíveis crescerá nos seguintes patamares: etanol anidro (mais 11,4%), etanol hidratado (mais 9,2%) e gasolina C (mais 2,7%).

 

BRUNO ZANETTI

INTC FCStone

20150520_154121Em sua palestra, o executivo lembrou que o mercado mundial de açúcar entra no quinto ano seguido em superávit. E que em setembro próximo, quando é encerrada oficialmente a safra, o estoque mundial deverá ficar em 81 milhões de toneladas.

O consumo mundial de açúcar, conforme ele, segue em alta de 2% ao ano por conta do crescimento vegetativo da população e do consumo maior em países produtores do alimento.

Em resposta a pergunta de participante do seminário, sobre se a possível de abertura de panel na OMC teria impacto imediato nos preços subsidiados de açúcar praticados pela Tailândia e pela Índia, Zenetti foi direto: “a situação diplomática é complicada e essas sanções costumam levar tempo para gerar impacto. No curto prazo, dificilmente essa media terá efeito nos preços. No médio prazo, sim.”

 

ADRIANO PIRES

Diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE)

20150520_173442Em sua palestra, que encerrou o Fórum Tereos Guarani, Pires lembrou que hoje [quarta-feira, 20/05] o preço da gasolina vendida no Brasil está 8% do preço vendido no mercado internacional. E que, diante a situação da Petrobras, a estatal não possui mais margem para manter uma defasagem de preços como fez no passado recente, simplesmente porque hoje precisa fazer caixa.

Com isso, conforme Pires, o etanol tem oportunidades para crescer no mercado nacional de combustíveis. “Com a crise financeira e institucional da Petrobras, as refinarias projetadas estão sem previsão para conclusão e as refinarias existentes já atingiram o limite do nível de utilização; há a consequente necessidade de ampliação da importação de gasolina, mais cara, para atender a demanda interna, mas esta opção esbarra nos gargalos existentes na infraestrutura portuária e na logística de transporte de derivados no país”, lembrou. O etanol surge como estratégia para amenizar esse cenário.

 

 

 

 

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