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Safra em SP atrasada em 11 mi de toneladas

A safra 2015/16 está atrasada no Estado de São Paulo e avançada em outros estados. Enquanto em outros estados da região Centro-Sul do país a moagem avançou 8 milhões de toneladas desde o começo da temporada, em abril e maio, em São Paulo há um atraso de 11 milhões de toneladas.

As informações são de Antonio Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) prestadas na tarde desta segunda-feira (06/07), pouco antes da abertura oficial do Ethanol Summit, na capital paulista.

Segundo Rodrigues, o atraso em SP revela que a safra vigente segue um comportamento não uniforme no Centro-Sul em relação ao ciclo 14/15.

Ele informa também que 30% da oferta de cana prevista para a 15/16 já foram processadas. O trimestre julho-agosto e setembro, tradicional período de moagem em ritmo avançado, já foi afetado, nos primeiros 15 dias de julho, por conta das condições climáticas.

“Do dia 1 ao dia 6 pelo menos 3 dias de moagem [no Centro-Sul] foram parados por conta das condições climáticas”, disse o executivo.

Elizabeth Farina, presidente da Unica, e Antonio Padua Rodrigues, diretor da instituição, pouco antes da abertura do Ethanol Summit
Elizabeth Farina, presidente da Unica, e Antonio Padua Rodrigues, diretor da instituição, pouco antes da abertura do Ethanol Summit

O impacto das chuvas na safra, conforme ele, renderá menos moagem e maior oferta de cana. “Se você não moi, a cana segue crescendo, e o ponto de interrogação é quanto efetivamente de cana será processada nessa safra”, afirmou.

A Unica, emendou, continua projetando em 590 milhões de toneladas a moagem prevista para a safra. “Mas com certeza será uma safra muito longa, que, no Estado de São Paulo, fará muitas unidades moerem até as vésperas do Natal.”

Na sequência à safra, emendou, virá o período da entressafra, em que há o plantio. “E dependendo do quanto de cana a sobrar [cana bisada], indicará um começo de safra mais cedo em 2016”, observou.

Renovação

Segundo Padua, na atual safra há um processamento de 14,5% de cana de primeiro corte. “Há dois anos as empresas não conseguem plantar cana de ano e meio, cultivada de janeiro a abril, mas conseguiram recuperar o plantio de cana de inverno, de ano, cultivada entre maio a setembro”, disse. “Então, a renovação está acontecendo, só que menos na cana de ano e meio, cujo rendimento pode chegar a 120 toneladas de cana por hectare no primeiro corte, e ter mais cana de ano, ou de inverno, que rende 90 toneladas de hectare no primeiro corte.”

Essa condição, afirmou, impactará na oferta de cana para a próxima safra [16/17].

 

 

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