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Moody’s diz que mantém nota do Brasil mesmo se governo socorrer a Petrobras

O atual rating do Brasil atribuído pela agência de risco Moody’s contempla uma série de cenários, incluindo alguns mais adversos que envolvem alguma forma de apoio financeiro para a Petrobrás, disse nesta quarta-feira o analista de crédito soberano da Moody’s Mauro Leos, em nota.

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“Em nenhum dos cenários a dívida brasileira ultrapassaria 70% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse nível ainda seria compatível com o rating ‘Baa2’, no caso de continuarmos confiantes de que o governo irá responder com um plano crível para alcançar a consolidação fiscal, a melhoria das métricas de dívida e maior investimento e crescimento”, disse Leos, responsável por cuidar da nota de crédito do Brasil.

O rating do Brasil pela Moody’s é o segundo menor dentro da escala do grau do investimento. A nota tem perspectiva negativa.

Leos disse ainda que um aumento forte no patamar da dívida pública aumentaria a pressão sobre a classificação de risco do país. No entanto, ele afirmou que a avaliação da força de crédito do Brasil “continuaria a ser motivada pela nossa avaliação de credibilidade dos planos do governo e dos prospectos econômicos e fiscais de médio prazo”.

No fim da terça-feira, a Moody’s reduziu o rating da Petrobrás em dois degraus, colocando a estatal no nível “junk” (grau especulativo), devido às investigações sobre corrupção e pressões de liquidez que podem resultar do atraso da divulgação das demonstrações financeiras auditadas pela estatal.

Mais cedo nesta quarta-feira, uma fonte do governo brasileiro reconheceu que o temor de contágio da Petrobrás sobre a nota de crédito soberana, mas disse que a equipe econômica tem confiança de que o rating do Brasil não será rebaixado.

Segundo essa fonte, que falou sob condição de anonimato, o governo deverá anunciar novas medidas fiscais nos próximos dias, com expectativa de que elas sejam recebidas pelas agências de risco como mais um sinal de compromisso da equipe econômica da presidente Dilma Rousseff com a melhora das contas públicas.

(Fonte: O Estado de S.Paulo)

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