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Moagem de cana cresce 7,5% desde início da safra, diz Unica

O volume de cana-de-açúcar processado na atual safra até 16 de novembro pelas unidades produtoras da principal região canavieira do País, o Centro-Sul, atingiu 471,5 milhões de toneladas, 7,5% acima do total no mesmo período da safra anterior. Apesar do avanço em termos de volume, a quantidade total de produtos obtidos da cana processada só avançou 0,51% em relação ao da safra anterior para o mesmo período.

O Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana permaneceu baixo, em função principalmente da maior intensidade de chuvas que, desde junho, vem favorecendo o crescimento vegetativo da planta, mas não a concentração da sacarose. Essa tendência se manteve na primeira quinzena de novembro, que registrou ATR de 127,94 quilos por tonelada, 7,5% inferior aos 138,32 quilos por tonelada da safra passada na mesma quinzena, e 0,5% abaixo dos 128,52 quilos observados na quinzena anterior.

O volume de cana processado na segunda quinzena de novembro atingiu 28,9 milhões de toneladas, 4,3% inferior ao da quinzena anterior (segunda quinzena de outubro), e 11,14% superior ao mesmo período da safra passada. No acumulado da atual safra, a quantidade de produtos obtidos da cana processada desde o início da safra atingiu 132,32 quilos em 16 de novembro, 6,5% menor que o valor para o mesmo período da safra passada.

Do total da cana processada na primeira quinzena de novembro, 56,55% foi destinada à produção de etanol, com um volume produzido de 1,217 bilhão de litros, sendo 440 milhões de etanol anidro e 777 milhões de hidratado. A produção de açúcar, por sua vez, totalizou 1,531 milhão de toneladas.

Esses números evidenciam a dificuldade de produção de açúcar no último terço da safra e o avanço da produção de etanol anidro em relação à de hidratado, tendência que já havia sido observada no último mês. Na primeira quinzena de outubro, a produção de etanol anidro representou 31,7% de toda a produção de etanol no período. Já na segunda quinzena de novembro esse valor cresceu, atingindo 36,2%. A produção de açúcar ficou com 46,45% da cana processada no Centro-Sul na primeira quinzena de outubro, índice que caiu para 43,45% na primeira quinzena de novembro.

No acumulado da safra, a produção de etanol chegou a 20,4 bilhões de litros em 16 de novembro, e a de açúcar alcançou 26,2 milhões de toneladas.

Mercado de etanol

Os preços do etanol praticados nas últimas semanas refletem a menor disponibilidade do produto no período neste final de safra, a dificuldade causada pelas chuvas para a moagem e os menores índices de ATR. Essa combinação de fatores impactou os preços, e consequentemente as vendas de etanol hidratado pelas unidades produtoras na primeira quinzena de novembro.

As vendas de etanol hidratado para o mercado interno na primeira quinzena alcançaram 651 milhões de litros, uma redução de 14,5% em relação ao volume comercializado na primeira quinzena do mês anterior. Do início da safra até o final de setembro, o crescimento médio das vendas de etanol hidratado para o mercado doméstico foi de 23,5% sobre o volume do ano anterior. Em outubro esse valor caiu para 17,7% e, nessa última quinzena, chegou a 13,5%.

No total, o volume de etanol comercializado pelas usinas do Centro-Sul na primeira quinzena de novembro chegou a 976 milhões de litros, sendo 884 milhões no mercado doméstico e 92 milhões para o mercado externo. Para os próximos meses não se deve observar volumes significativos de etanol sendo embarcados para exportação, pois a paridade de preços mercado interno x mercado externo não é atrativa para a realização de novos negócios. No acumulado desde o início da safra, as vendas de etanol para o mercado interno atingiram 14,7 bilhões de litros e para o mercado externo chegaram a 2,4 bilhões até 16 de novembro.

A UNICA entende que a produção de etanol anidro continua em patamares suficientes para garantir o nível de mistura de 25% na gasolina, não havendo qualquer necessidade de alteração no nível da mistura. Já as variações nos preços do etanol hidratado, observadas nas últimas semanas, são oscilações sazonais causadas principalmente pelo impacto das chuvas sobre o desempenho da safra desde junho. O próprio mercado já vem reagindo à situação, ajustando a demanda pelo etanol hidratado. (Assessoria de Imprensa da Unica)

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