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Indústria da região de Ribeirão Preto demite 7.300 em um ano

Na região de Franca foram fechados 4.450 postos de trabalho de julho de 2013 a junho deste ano
Na região de Franca foram fechados 4.450 postos de trabalho de julho de 2013 a junho deste ano

A indústria na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) acumula 7.300 demissões nos últimos 12 meses.

É o que mostra a pesquisa de nível de emprego do Estado, elaborada pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e divulgada nesta quinta-feira (17).

Na região de Araraquara o deficit é de 1.900 vagas. Na região de Franca foram fechados 4.450 postos de trabalho de julho de 2013 a junho deste ano. Já na regional de Matão foram registrados 150 empregos a menos e, na região de Sertãozinho, menos 800.

Guilherme Feitosa, diretor do Ciesp na região de Ribeirão preto, disse que as indústrias estão “enxugando” seus quadros diante de um cenário econômico completamente desfavorável ao setor, por causa da ausência de políticas públicas para beneficiar as indústrias.

“Mais de 25% dos produtos comercializados no país são importados, mas nós poderíamos estar produzindo aqui, gerando emprego, gerando renda, mas é muito imposto e pouco incentivo”, afirmou Feitosa.

De acordo com ele, a região enfrenta ainda dificuldades para se desenvolver por problemas relacionados aos governos -municipal, estadual e federal.

Citou, como exemplo, o aeroporto de Ribeirão Preto, cujas obras de modernização e ampliação para que seja internacionalizado não saem do papel.

“O Leite Lopes está travado e as obras não saem.”

O presidente do Ceise-Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Antônio Eduardo Tonielo Filho, afirmou que Sertãozinho, um polo de produção de máquinas e equipamentos para a indústria sucroalcooleira, vive a maior crise de toda a sua história.

“Na década de 1990 a cidade já chegou a ter 15 mil trabalhadores nas indústrias. Hoje tem cerca de 10 mil, mas se o setor tivesse crescido poderíamos ter aproximadamente 20 mil funcionários trabalhando”, afirmou.

De acordo com ele, ao contrário do que ocorre em outros países, onde a utilização do etanol é obrigatória, no Brasil não há nada parecido.

Fonte: Folha de S. Paulo

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