Pelo elevado estoque nacional e consumo estagnado, a Indonésia continuará limitando as importações de açúcar nos próximos, conforme anunciou nesta sexta-feira, 17, Bayu Krisnamurthi, do Ministério de Comércio.
A demanda interna do produto, somando os tipos mascavo e refinado, deve atingir 5,8 milhões de toneladas em 2015, muito similar a de 2014. “Este ano nossa demada caiu mais de 15%. Fato que pode permanecer constante em 2015”, afirmou Krisnamurthi.
Um dos motivos para este baixo consumo é a fraca demanda do tipo refinado pelas indústrias de alimento e bebida, principais compradores do produto. No país, o tipo mascavo é importado e refinado por empresas locais.
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Houve grande preocupação do governo local sobre o aumento dos estoques do tipo mascavo, influenciando na decisão de reduzir em 5% a cota de importação para 2014, diminuição de 2,9 milhões de toneladas. Com a medida, várias refinarias do país cancelaram a compra de açúcar da Austrália, que deixou de comercializar 400 mil toneladas com a Indonésia.
Esta influência do açúcar em forma bruta, utilizado principalmente em indústrias, atinge os preços de outros tipos, destinados ao consumidor final, causando problemas para os preços no mercado interno. Porém Krisnamurthi afirma que estes podem ser fabricados no país.
A demanda interna pelo tipo premium representa 65% do montante, aproximadamente 3,7 milhões de toneladas, os 35% restantes são dos tipo de média e baixa qualidade, que juntos somam 2 milhões de toneladas. A indústria local tem capacidade para produzir apenas 1,4 milhões de toneladas do tipo premium. As autoridades políticas locais sugerem que este açúcar mascavo seja transformado em açúcar premium, suprindo assim o déficit produtivo e reduzindo os estoques da forma bruta do produto.
