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Frente Parlamentar Ambientalista discute inclusão do biodiesel

O deputado federal Mendes Thame defendeu, no início do mês, as vantagens dos biocombustíveis e a necessidade de políticas públicas para a sua utilização. A exortação foi feita durante reunião da Frente Parlamentar Ambientalista para discutir os efeitos da inclusão do biodiesel na matriz energética brasileira.

No encontro, Mendes Thame relacionou seis vantagens dos biocombustíveis. Primeira, macroeconômica: cada barril de biocombustível produzido é um barril a menos importado ou um a mais para exportação. Segunda, saúde: os biocombustíveis não emitem gases tóxicos. Terceira, ambiental: não lança CO2 no ar, portanto, vai ao encontro do Protocolo de Quioto, que busca a redução dos gases responsáveis pelo aquecimento global.

Quarta, cogeração de energia: os resíduos do bagaço de cana-de-açúcar e os utilizados para a produção de biodiesel podem ser queimados para produção de energia e ajuda a evitar um apagão como o que ocorreu em 2001. Quinta, geopolítica: diminui a dependência do Brasil dos países árabes, que vivem frequentemente situações conturbadas do ponto de vista político. E a sexta, social, a mais importante de todas, que é a geração de empregos no país.

Thame ressaltou que com seis vantagens, é impossível negligenciar uma política pública para o biodiesel. Além disso, segundo ele, não dá para imaginar um avanço no setor, sem uma ação de governo, como ocorreu no Proálcool com medidas mandatórias e de incentivos.

“Medidas mandatórias como a mistura obrigatória de 20% de álcool à gasolina. Medidas de incentivos: como na década de 70 o álcool era mais que o dobro do custo de produção de um litro de gasolina, o governo bancou a diferença, deu crédito para implantar as destilarias e diminuiu o IPI de carro a álcool, enfim, propiciou as vantagens para desenvolver o programa”, lembrou o deputado.

Treze anos depois, não havia mais nenhuma medida de incentivos funcionando. Mas uma medida mandatória, a da mistura do álcool à gasolina, perdurou ininterruptamente por mais de 30 anos e foi essa medida que criou o mercado cativo, que permitiu uma curva de aprendizagem, dando condições para que álcool fosse ficando cada vez mais barato, ano após ano, e hoje é 40% menor do que a gasolina, sem nenhum subsídio.

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