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Fracassa leilão de fazenda do GVO

Sem a oferta de lances, fracassou o leilão realizado na tarde de quarta-feira (27) da fazenda São José das Borboletas, em Catanduva (SP), pertencente ao Grupo Virgulino de Oliveira (GVO).

Realizado em São José do Rio Preto (SP), o leilão foi uma tentativa de obter recursos financeiros para para dívidas trabalhistas da companhia, que atravessa grave crise financeira.

Mas não houve ofertas de lances nem presencialmente e nem pela internet, uma vez que também poderiam ser feitos lances por site de empresa especializada, segundo o jornal Itapira News, de Itapira (SP), onde o GVO possui uma de suas quatro usinas. As demais estão localizadas em Catanduva, Monções e José Bonifácio, também no interior paulista.

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GVO
Grupo possui quatro unidades no interior paulistas

Dividido em duas matrículas, o imóvel rural em Catanduva abrange 473 alqueires e está penhorado desde o início do ano pela Justiça Trabalhista. O valor das duas áreas às margens da Rodovia Washington Luiz totalizam aproximadamente R$ 88 milhões. O lance mínimo definido para o leilão foi de R$ 70,9 milhões.

A penhora foi motivada por uma ação coletiva movida contra o GVO por diversos sindicatos que/ representam os trabalhadores das quatro usinas da companhia. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Itapira também figura entre os autores do processo.

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Ao Itapira News, o presidente da entidade, José Emílio Contessoto, explicou que hoje analisará, com o advogado, as providências a serem tomadas. “Não dá pra ficar dependendo só deste leilão”, disse ao jornal. “O Grupo Virgolino de Oliveira está produzindo e vendendo, e os trabalhadores estão sem receber seus direitos em atraso.”

Em entrevista em abril, o diretor-presidente do GVO, Joamir Alves, informou que as unidades do Grupo realizariam a safra 2015/16. Na Usina Catanduva, por exemplo, a moagem começou no fim de abril.

“Minha missão é permitir que a empresa volte a funcionar, honre suas dívidas com os credores e assegure o emprego dos nossos colaboradores, para paulatinamente voltar ao tamanho que era”, destacou em entrevista para os jornais de Itapira.

Apesar de começar a safra, o diretor-presidente afirmou que espera uma redução de 23% na moagem de cana.  “Chegamos a moer 11 milhões de toneladas e, nesta safra, esse montante ficará em torno de 8,5 milhões de toneladas”, revelou.

O grupo afirma que estima contratar por volta de 8 mil trabalhadores temporários durante o período da safra.

Ao todo, o GVO deverá contratar perto de 8 mil temporários durante a safra.

 

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