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Fiesp sinaliza recuperação do emprego no segundo semestre

Apesar de ainda cautelosa em fazer projeções mais detalhadas, a Federação das Indústrias do Estado do São Paulo (Fiesp) já admite um resultado positivo para a geração de empregos nas fábricas paulistas durante o segundo semestre deste ano. Na avaliação do diretor do Departamento de Economia da entidade, Paulo Francini, o sentimento de que o pior da crise já ficou para trás, aliado a fatores como o juro mais baixo, devem influenciar as contratações.

De janeiro a junho de 2009, o índice de emprego da Fiesp, sem ajuste sazonal, acumulou uma perda líquida de 54,5 mil postos de trabalho. Em doze meses, a redução chega a 191 mil empregos. Se considerada a trajetória do índice desde outubro de 2008, quando a crise mostrou, de fato, as garras para o Brasil, a indústria paulista já cortou 206 mil empregos.

Francini fez questão de lembrar que ! sua previsão de saldo positivo no segundo semestre exclui da conta as demissões normalmente realizadas pelo setor sucroalcooleiro nos últimos meses do ano. Intensivas em mão de obra, as usinas de açúcar e álcool tem participação importante no movimento do índice de emprego, visto que contratam e demitem em grandes volumes de acordo com a safra da cana.

Para se ter uma ideia, durante o primeiro semestre o setor sucroalcooleiro registrou o ingresso líquido de 55,668 mil trabalhadores, enquanto os demais setores da indústria paulista cortaram 110,168 mil postos. O saldo total chega à redução líquida de 54,5 mil empregos informada hoje.

E é justamente nos demais setores que a Fiesp espera ver a retomada das contratações, especialmente naqueles cuja maior parte da produção é voltada ao mercado interno, como alimentos, bebidas e até mesmo a indústria automobilística,! entre outros. A entidade, entretanto, não arrisca um palpite sobre o saldo final do emprego na indústria paulista em 2009, mas acredita que mês de julho já deve mostrar estabilidade na comparação com junho.

” Estamos muito cautelosos quanto a previsões. Temos que fazer uma leitura melhor da situação. Nossa sensação é de que o pior já passou no Brasil e, dentro deste quadro, o emprego se mostra no caminho da neutralidade ” , afirmou Francini.

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