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Etanol celulósico em breve chegará aos postos

2010-04-16 BagaçoOs primeiros litros de etanol celulósico produzidos na fábrica da GranBio em Alagoas, a Bioflex 1, devem em breve chegar aos postos do Estado. Uma ação de marketing está sendo preparada para marcar a primeira venda do biocombustível de segunda geração a uma distribuidora, diz o vice-presidente da GranBio, Manoel Carnaúba Cortez, que não quis dar mais detalhes sobre a ainda secreta estratégia de divulgação.

A fábrica começou a operar em setembro em São Miguel dos Campos e, até meados de novembro, havia fabricado no total um pouco mais de 600 mil litros de etanol celulósico a partir da palha da cana. Todo o suprimento de matéria-prima vem do centro de distribuição, localizado no entorno da fábrica. Lá a GranBio tem estocados 160 mil toneladas de palha coletadas há pelo menos um ano das usinas da região. Mas o fluxo anual de colheita deste ciclo 2014/15 vai atingir um volume próximo de 350 mil toneladas da biomassa retirada das quatro usinas parceiras.

Quando estiver operando com capacidade total – produzindo por ano 82 milhões de litros de etanol celulósico -, a Bioflex 1 estará demandando 420 mil toneladas de palha anuais. Além de buscar outros parceiros, a companhia também pretende deter um canavial próprio. Entretanto, a variedade a ser plantada não será a tradicional, mas uma com um nível de biomassa quatro vezes maior. A “cana energia”, como é popularmente
chamada, deve ser lançada pela GranBio em 2015, diz o coordenador da estação experimental da Vertis, braço de pesquisa do grupo, Hugo Soriano.

A empresa foi buscar os ancestrais da cana, de características mais rústicas, para cruzar com as variedades mais nobres. Essa cana selvagem, originária da Ásia, traz diversas características desejáveis, segundo ele. A começar por uma raiz mais profunda, que mantém o  material reprodutivo da planta debaixo da terra, protegido das agressões externas, como as advindas da colheita mecanizada. Isso faz com que a
planta seja mais resiliente ao longo do ciclo.

(Fonte: Valor Econômico)

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