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Etanol amplia vantagem sobre a gasolina

Os preços persistentemente baixos do etanol na usina estão sustentando a competitividade do biocombustível na bomba. Na semana entre 19 e 25 de julho, o preço médio do etanol hidratado, que é usado diretamente no tanque dos veículos, caiu nos postos de 18 Estados, entre eles, nos principais consumidores do produto, tais como São Paulo e Minas Gerais.

seguranca-postoDe acordo com dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do hidratado praticado nos postos paulistas caiu 0,87% entre 19 e 25 de julho na comparação com a semana anterior, para R$ 1,916 por litro. Com isso, o biocombustível ampliou sua competitividade no Estado em relação à gasolina C, o que tende a elevar ainda mais a demanda.

A paridade entre o hidratado e a gasolina C no Estado de São Paulo foi a 61% na última semana, um ganho de 1 ponto percentual ante os 62% dos sete dias anteriores. Essa vantagem passa a existir, conforme parâmetro mais aceito pelo mercado, quando o preço do litro do hidratado nos postos equivale a menos de 70% do preço da gasolina C. Conforme levantamento da comercializadora SCA Trading, a última vez que a paridade em São Paulo alcançou 61% foi em setembro de 2010.

O consumo do biocombustível já está elevado neste ano. De janeiro a junho, subiu 30% no Estado de São Paulo, para 4,566 bilhões de litros. No mesmo intervalo, a demanda por gasolina C no Estado caiu 12,1%, para 4,7 bilhões de litros.

Na última semana, o etanol hidratado também ampliou sua vantagem em relação à gasolina C em Mato Grosso, onde a paridade foi a 58,9%, ante 60,2% dos sete dias anteriores. Nos outros Estados onde abastecer com o biocombustível já era vantajoso, a paridade ficou estável em igual intervalo: Paraná (66%), Minas Gerais (65%), Mato Grosso do Sul (68,9%) e Goiás (62%).

No primeiro semestre deste ano, o consumo de hidratado nesses seis Estados onde a paridade é vantajosa alcançou 7,075 bilhões de litros, um aumento de 37,4% sobre igual intervalo de 2014. Somada, a demanda nesses Estados representou 84,36% de todo o consumo brasileiro do produto no período. Nesses mesmos seis Estados, a demanda por gasolina C caiu 10,3%, para 9,540 bilhões de litros.

(Fonte: Valor Econômico)

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