Entrevista com Pedro Robério Nogueira, do Sindaçúcar AL
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Atual presidente do Sindaçúcar Alagoas, Pedro Robério Nogueira comenta a relevância da irrigação para o Estado e as perspectivas para futuras safras.
O Estado de Alagoas possui 75% de seus canaviais irrigados, é o Estado com maior percentual na região Nordeste. Quais fatores contribuem para este número?
Esse percentual decorre da disponibilidade de áreas planas com permissividade para irrigação, bem como, de um esforço de consciência empresarial iniciado há alguns anos como defesa para a repetição em pouco espaço de tempo de períodos de baixa ou nenhuma pluviosidade na época de desenvolvimento vegetativo da cana-de-açúcar.
Há potencial para expansão da irrigação em mais 150 mil hectares, existe a expectativa de que a estes canaviais recebam tal manejo nos próximos anos?
Existe esse potencial. Pode até ser maior se formos transformar toda a irrigação de salvamento de hoje em irrigação plena. Contudo as condições econômico-financeiras atuais do setor no Brasil e em especial de Alagoas impossibilitam voltar a executar esse importante programa para o Estado. Razão pela qual apresentamos pleito junto ao MAPA para criar condições para essa execução.
Qual a importância da irrigação para a manutenção da cana no Estado?
Com a ocupação quase que total das áreas limites para a cultura da cana-de-açúcar no Estado, resta-nos aumentar a produção com o aumento da produtividade agrícola de forma vertical. Para esse caso a solução é incrementar o processo de iririgação plena a partir da irrigação de salvamento hoje existente e pesquisar novas variedades de cana mais resistentes a estiagem.
O senhor é favorável que políticas de subsídios auxiliem o desenvolvimento da irrigação nestas potenciais áreas?
Trata-se da forma mais racional de intensificar essa importante atividade, pois os valores altos de investimentos não são remunerados pelos atuais preços dos nossos produtos.
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