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Entrevista com Fábio Venturelli, presidente do Grupo São Martinho

Renato Anselmi, de Campinas (SP)

fabioventurelliAs pessoas são responsáveis pelo sucesso da São Martinho, afirma Fábio Venturelli, presidente do grupo, que está sempre realizando investimentos voltados a uma melhor profissionalização de sua equipe e ao aprimoramento do processo de gestão.

A empresa adota inclusive uma expressão, conhecida como “Jeito de Ser” da São Martinho, que retrata “um sentimento de orgulho e satisfação das pessoas por trabalharem na companhia e que envolve atributos como companheirismo e dedicação”, observa Fábio Venturelli. Alguns pilares da área de gestão de pessoas, como os de Desenvolvimento, Remuneração Competitiva e Gestão de Relacionamento, são adotados em todas as unidades da empresa que está entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com capacidade aproximada de moagem de 22 milhões de toneladas de cana, sendo 20 milhões de capacidade proporcional à sua participação acionária.

O grupo possui quatro usinas em operação: São Martinho, em Pradópolis, SP; Iracema, em Iracemápolis, SP; Santa Cruz, em Américo Brasiliense, SP, além da unidade Boa Vista, em Quirinópolis, GO, que é uma joint-venture com a Petrobras Biocombustível.

O papel desempenhado pelos funcionários da empresa tem sido importante para o sucesso do Grupo São Martinho?

Sim, tem sido primordial. O grande diferencial do Grupo São Martinho são as pessoas. Trata-se de um valor da companhia, consolidado em todos os níveis. Acreditamos que as pessoas são responsáveis pelo sucesso que  alcançamos. Valorizar as pessoas que trabalham conosco é uma tradição da São Martinho e faz parte de nossa cultura.

A São Martinho adota um modelo específico de gestão de pessoas?

Sim, estamos sempre investindo nesta área na busca de uma melhor profissionalização e gestão de pessoas. Em recente reestruturação, construímos um modelo de RH Corporativo em sintonia com o RH transacional e com as unidades.

Dentro deste desenho também criamos um comitê permanente de compliance. O trabalho se dá em três níveis: estratégico, tático e operacional. Queremos, com isso, aperfeiçoar a qualidade da gestão das pessoas ao mesmo tempo em que preparamos as equipes a atuar com mais velocidade para atender ao processo de crescimento sustentável do Grupo São Martinho, que impõe desafios cada vez maiores.

O que é o “Jeito de Ser” da São Martinho?

É um sentimento de orgulho e satisfação por trabalhar na companhia e que envolve atributos como companheirismo e dedicação. Não se trata de uma expressão superficial ou fabricada artificialmente, mas fruto de uma história que se tornou tradição.

São anos, ou melhor, décadas, de esforços buscando sempre ser referência no mercado junto a todos os nossos públicos de interesse. Por isso estamos entre as 150 melhores empresas para se trabalhar de acordo com a pesquisa Você SA, conquistando posições de destaque em diferentes indicadores.

Quais são as principais ações do grupo na área de gestão de pessoas, incluindo programas voltados à formação e qualificação profissional?

As ações na área de gestão de pessoas são padronizadas e adotadas em todas as unidades do grupo. Estabelecemos em nosso modelo alguns pilares fundamentais. O primeiro é o de Desenvolvimento, com ações e capacitações técnicas e comportamentais. Temos também os pilares de Remuneração Competitiva, bastante  alinhado com o mercado, e o de Gestão de Relacionamento, que visa melhorar o dia a dia dos colaboradores, inclusive com uma célula de trabalho voltada especificamente para aperfeiçoar as relações entre empresa e seus colaboradores em todas as fases da sua carreira, da seleção à aposentadoria.

A empresa desenvolve programas específicos voltados à capacitação de lideranças?

Sim e com especial ênfase. A São Martinho investe em capacitação técnica e
comportamental de forma continuada, com ações e eventos específicos para quem tem a responsabilidade e o papel de líder.

Promovemos todos os anos dois encontros fundamentais: o de líderes, para cargos intermediários, e o de gestores, que envolve coordenadores, gerentes e diretores com atividades voltadas para o planejamento e sucesso da safra.

Qual é o papel que deve ser desempenhado pelos profissionais que atuam em cargos de liderança?

Ser um exemplo para os demais, respeitando todas as questões de governança corporativa e os direcionamentos da estratégia de negócio. Mais do que capacidade técnica para tomar as melhores decisões, ter atitude de liderança e conduta ética, acima de tudo.

A São Martinho desenvolve ações para atrair e reter talentos na empresa, como programas de remuneração e de valorização profissional?

Fazemos constantes pesquisas de remuneração para avaliar e atualizar este importante quesito. Construímos um modelo consistente para atrair e reter talentos que congrega um pacote de remuneração competitiva. A São Martinho também prioriza o recrutamento interno como forma de valorizar seu colaborador, a quem destina um programa chamado Valores em Ação, iniciativa que oferece aos interessados oportunidades de crescer dentro da empresa para cargos de liderança. E temos também nosso programa de trainees, que vem atraindo talentos recém-formados em instituições de renome. Por fim, nosso excelente ambiente de trabalho é um grande fator de retenção.

O que muda na gestão de pessoas em momentos de crise?

Nossa missão nestes momentos é a de estabelecer e estimular a confiança nas pessoas. Quando o colaborador sente segurança e transparência na gestão e na direção da empresa, certamente dará o seu melhor para superar o momento de crise.

Como preparar adequadamente a equipe para superar as dificuldades provenientes do atual momento de crise e para enfrentar novos desafios após a sua superação?

Entendemos que a melhor maneira de se preparar para uma crise é antevê-la no sentido de saber que um dia ela pode chegar e, assim, minimizar seus reflexos. Como? Nunca considerar que os bons momentos são permanentes, pois nosso setor é caracterizado por oscilações históricas. Desta maneira, constantemente aperfeiçoamos o controle de custos e os orçamentos. Nossas equipes são desafiadas a ter esta cultura, o que nos protege em situações de turbulência econômica.

Quais são as principais demandas na área de gestão de pessoas da São Martinho e do setor sucroenergético?

Não somente para a São Martinho, mas também para todo o setor sucroenergético, o principal desafio na gestão de pessoas é investir em educação e capacitação. É uma demanda dos novos tempos e temos que nos preparar para concretizar com consciência e orçamento factível. A educação a distância, numa realidade de crescente adaptação das pessoas às novas tecnologias, certamente será uma importante ferramenta nesta cruzada de democratização do conhecimento.

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