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Entenda porque o açúcar está começando a animar o produtor brasileiro

7,77 milhões de toneladas foram produzidas no Centro-Sul
Preço do açúcar começa a melhorar no mercado internacional

A seca que aflige a Rússia, grande consumidora mundial de açúcar, é um dos principais motivos que deixaram o produtor de açúcar mais otimista na próxima safra. Isso porque o país poderá importar próximo de 1 milhão de toneladas do produto e o Brasil é forte candidato nessa disputa.

Mas o que mais chamou a atenção do mercado na última semana foi a notícia da Unica sobre a desaceleração na produção de açúcar motivada também, pela seca. O contrato do açúcar bruto para outubro saltou 4,8% na sexta-feira, dia 26 de setembro, sendo negociado a 15,41 centavos de dólar por libra-peso, na ICE Futures US, trazendo ganho percentual de 14%, o maior desde junho de 2008, segundo a Dow Jones.

Mercado açucareiro “derreteu” em 2014

Em contrapartida, especialistas discutem os motivos que fizeram com que o açúcar desanimassem os produtores sucroenergéticos brasileiros nos últimos meses. No mercado futuro de açúcar em Nova Iorque, o preço do produto caiu mais 350 pontos nos últimos dois meses. Mas quais seriam os motivos que levaram a essa queda?

• O chamado efeito Tailândia que ameaça uma entrega volumosa de açúcar no mercado;
• Falta de demanda na exportação;
• 2014 é um ano difícil para traders, o que diminui o desejo para tomada de riscos e postergação natural de novos negócios;
• A falta de política governamental para o setor sucroenergético brasileiro.

O fator preço baixo provocou a paralisação da produção açucareira em algumas unidades do país, ou até mesmo o direcionamento maior de cana para a produção de etanol. Dados da Archer, comprovam essa informação. O Boletim da empresa aponta que na composição do custo de produção, em R$/tonelada de cana, a cana é responsável por 65% do custo de produção de açúcar. Talvez isso explique o motivo de que nesta safra 2014/2015, o mix de produção aponte para 56% para o etanol e 44% para o açúcar.
No percentual destinado de toda a cana do Centro-Sul para diversos mercados, 32% vai para o hidratado, 23% para o anidro, 32% dela para o açúcar (NY) e os 13% restantes para o açúcar MI, conclui a Archer.

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