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Enquanto gasolina sobe no Brasil, ela está mais barata nos Estados Unidos

Enquanto a gasolina está subindo no Brasil, nos Estados Unidos ela está mais barata. O motivo é que lá o combustível acompanha o preço do petróleo no mercado internacional, que caiu mais de 30% desde junho.

Ao contrário do que acontece no Brasil, a gasolina nos estados unidos ficou mais barata. Em algumas cidades, um litro custa o equivalente a 2 reais, o menor preço desde 2010. “É uma notícia maravilhosa”, diz Michael. “Tomara que continue assim”, completa o americano.

Nos postos dos Estados Unidos, o preço varia de acordo com o mercado internacional. O barril do petróleo, que valia 115 dólares no meio de junho, caiu pra menos de 80 dólares. Um dos motivos é que a oferta aumentou com a exploração de reservas de xisto nos Estados Unidos.

E o consumo mundial continua morno por causa da desaceleração da China e do crescimento fraco na europa.

Desde que a gasolina caiu, um caminhoneiro de Nova York passou a economizar 120 dólares por mês. A população mais pobre é a mais beneficiada pela queda do combustível. “Agora eu uso o dinheiro para ir ao cinema com minha namorada”, conta ele.

Se pelo menos aqui a notícia é boa pro consumidor, não se pode dizer o mesmo para os países que dependem da exportação de petróleo. O governo da Venezuela, por exemplo, pediu uma reunião à opep para discutir formas de conter a queda do preço.

O resultado do encontro dos países exportadores no dia 27 de novembro em Viena é uma incógnita.

Com a economia em frangalhos, a Venezuela quer diminuir a produção pra pressionar os preços e aumentar a receita com o petróleo. O produto responde por 96% de tudo o que o país exporta.

Mas a Arábia Saudita, um dos maiores produtores, não parece preocupada e está derrubando os preços como estratégia de mercado.

Carolyn Kissane, especialista em energia, explica que os árabes podem estar tentando enfraquecer produtores russos e americanos, que têm um custo de produção maior.

“Eles podem bancar esse jogo geopolítico por muito tempo. Mas países como Irã, Rússia e Venezuela não. Com o barril a menos de 100 dólares, eles terão problemas”.

O rearranjo de forças acontece no meio de uma revolução no mercado de energia.

Os Estados Unidos estão investindo pesado em fontes alternativas e ainda se tornaram os maiores produtores de petróleo do mundo, o que diminui a dependência do exterior.

“O petróleo continua sendo uma commodity política”, diz o especialista em comércio internacional Eugene Reyes. “Em alguns países, o aumento ou a queda do preço pode determinar o resultado das eleições ou o sucesso do governo”, aponta Reyes.

Fonte: Jornal da Globo

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