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Em alta, açúcar puxa movimento na rede de armazéns da Ceagesp

O aumento da produção de açúcar no Centro-Sul do país e os elevados preços da commodity nos mercados doméstico e internacional tiveram reflexos diretos no movimento da rede de armazenagem da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) em 2010.

Balanço da estatal federal mostra que 548,7 mil toneladas de açúcar passaram por seus armazéns no ano passado, 24,8% mais que em 2009. Das 19 unidades que formam a rede de armazenagem da empresa no Estado, seis trabalham com o produto.

Luiz Concillius Gonçalves Ramos, diretor técnico e operacional da Ceagesp, confirma que a boa fase do mercado açucareiro ajudou a inflar o movimento. Como a demanda permaneceu aquecida e as cotações estavam elevadas, diz, a rede registrou mais operações de transbordo que em 2009 e menos de armazenagem em si, já que os produtores procuraram agilizar vendas e entregas.

Nas operações de armazenagem de qualquer produto agrícola na rede da Ceagesp, o período mínimo é de 15 dias e o custo mensal gira em torno de R$ 4 por tonelada. No transbordo, o tempo médio é de uma semana e o valor cobrado é um pouco superior. Esses preços costumam ser reajustados todos os anos a partir de uma fórmula que inclui o IGPM.

Como normalmente o transbordo é feito para embarcar o produto em ferrovias com destino ao porto de Santos, muitas vezes o limite é imposto pela capacidade do sistema logístico. Como no caso do açúcar os preços seguem elevados, a expectativa da Ceagesp é de bom movimento da commodity na rede de armazenagem em 2011.

No total, as 19 unidades que formam a rede de armazenagem da Ceagesp receberam 895,1 mil toneladas de produtos agrícolas no ano passa do, 11,2% mais que em 2009. A receita líquida obtida pela estatal com esse movimento chegou a R$ 23,8 milhões, 4,1% superior na mesma comparação.

Segundo produto que mais usa a rede, o trigo teve um volume armazenado 27,47% menor em 2010 (187,7 mil toneladas). Nesta observa, lembra Adilson da Silva, chefe da seção comercial da armazenagem da Ceagesp, foi um ano complicado, com oferta de qualidade comprometida. Para 2011, afirma, as perspectivas são melhores.

Também com preços de mercado elevados, mas apenas a partir de meados do ano, o milho registrou volume armazenado 31,5% superior no ano passado. Já o volume de soja, também valorizada, cresceu expressivos 583,6% na rede e chegou a 44,7 mil toneladas.

A Ceagesp espera crescimento nas operações de armazenagem em 2011, e para atrair novos clientes planeja investir R$ 1,8 milhão na certificação de algumas de suas unidades – em 2010 três delas foram certificadas. “Também apostamos em parcerias [inclusive com us inas sucroalcooleiras] para conferir maior agilidade às operações”, afirma José Lourenço Pechtoll, gerente do departamento de armazenagem da estatal.

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